Alem da corrupção desenfreada, outro problema que prejudica o desenvolvimento das cidades brasileiras é a falta de criatividade e de iniciativas da nossa classe política. Um exemplo é a cidade de Altos (PI), onde a atual gestão decidiu pegar carona numa sugestão do presidente da Câmara, Maxwell da Mariinha, ao invés de reconhecer a autoria da proposta.

Maxwell, que é o líder da oposição no município, pediu à prefeita através de requerimento, que utilizasse a merenda escolar para distribuir para as famílias de alunos carentes da cidade. A gestora não respondeu ao requerimento do vereador, mas resolveu efetivar a ideia “por debaixo dos panos”.

Maxwell decidiu, então, tornar público o que aconteceu e isso deixou a secretária de educação, Marcia Beatriz, furiosa. “Nos antecipamos e requerimos na última sexta, 20 de março, que a merenda escolar seja distribuída em forma de cesta básica para as famílias de nossas crianças, que muitas vezes realizam sua principal refeição na escola”, disse o parlamentar em uma postagem na sua página no facebook. Após isso, a secretária gravou um vídeo com a cara fechada e muito irritada informando que já ia adotar a medida. Para não dizer que está se apropriando da ideia, ela mudou o nome de cesta básica, para kit de alimentação.

Mesmo que a Prefeita e sua secretária não acatasse à ideia do vereador, por capricho político, a medida agora é nacional, pois uma proposta que estabelece a distribuição dos alimentos da merenda escolar às famílias dos estudantes da rede pública que foram dispensados das aulas como medida de enfrentamento à epidemia do novo coronavírus foi aprovada pela Câmara dos Deputados e segue para apreciação do Senado.

No Estado do Goiás, o Governo decidiu transferir o dinheiro da merenda escolar via depósito em conta corrente ou poupança e por meio dos cartões "Bolsa Família", "Renda Cidadã" ou "Cartão Cidadão".

Em Campo Maior, o Prefeito Professor Ribinha, assinou um decreto permitindo a distribuição da merenda para alunos carentes e beneficiário do bolsa família. Ele alega que os produtos já estavam comprados e poderiam estragar ou vencer.

O que nos resta a lamentar é que, nesse momento que o povo mais precisa da ajuda do poder público, há gestores despreparados que se recusam a colocar em prática uma ideia positiva que tenha vindo de um adversário político.