Quem de nós consegue pagar despesas que sejam superiores as nossas receitas? A matemática é simples e exata, mas não para alguns vereadores de Sigefredo Pacheco que além de não entender de gestão de recursos, motivam a população a seguir a mesma linha errada de raciocínio com objetivo exclusivamente de fazer politicagem, pois não indicam nenhuma solução para o problema e muito menos vão em busca de melhorias para a cidade.

Um deles é o vereador do João Gomes, Fabiano Oliveira que na última sessão fez um discurso bastante contraditório na Câmara de Municipal. O parlamentar criticou a atitude do Prefeito Oscar Bandeira por decidir cumprir o Termo de Ajuste de Condutas (TAC) assinado no Ministério Público (MP) obrigando o município a fazer melhorias no sistema de abastecimento de águas e consequentemente o aumento na tarifa de água para subsidiar as despesas com os serviços de captação, tratamento e distribuição.

Num primeiro momento o vereador criticou o projeto que reajusta a taxa de água atendendo o TAC, depois reclama de falhas no sistema. No facebook ele postou: “Fiz duras críticas e já me posicionei contra ao novo projeto encaminhado pelo Prefeito Oscar Barbosa que aumenta a cobrança de abastecimento de água da cidade de Sigefredo Pacheco e zona rural dos atuais 10,00 (dez reais) para o mínimo de 22,00 (vinte e dois reais), com possibilidade para ainda mais, sendo que aproximadamente 80% da cidade não possui abastecimento de água com frequência”.

Tarifa mínima será de R$ 10,99 e não de R$ 22 reais como disse o vereador

Alem de desconhecer o projeto de lei do reajuste, que tem como tarifa mínima de R$ 10,99, ele critica o aumento e ao mesmo tempo reconhece que o sistema não está atendendo a necessidade da população. Logo em seguida, na mesma postagem, ele diz que usou a tribuna para denunciar a questão do tratamento da água. Diz ele: “denunciei a falta de tratamento da água consumida na nossa cidade e a falta de limpeza das caixas d'água”, postou no seu facebook pessoal.

QUEM É FABIANO OLIVEIRA?

O vereador Fabiano Oliveira é estreante na Câmara de Vereadores, mas já é uma figura conhecida na cidade, pois era um dos braços direitos do ex-prefeito do atraso João Gomes que foi cassado e deixou o município um verdadeiro caos com vários meses de salários atrasados, sem água, sem coleta de lixo dentre outros desmandos. Fabiano, à época, era chefe de gabinete do ex-prefeito e não tinha a mesma astúcia de gritar em defesa do povo sofrido de Sigefredo.

Fabiano e seu padrinho político, João Gomes, que ficou conhecido como Prefeito do Atraso

PREFEITURA SE POSICIONA

A redação do Em Foco procurou a gestão municipal para falar sobre o assunto. Segundo a prefeitura, o reajuste na tarifa atenderá um pedido de execução do TAC assinado no MP onde o Prefeito Oscar Bandeira se comprometeu em melhorar o sistema de abastecimento. Para isso, a justiça orientou que o mesmo recolha os tributos dos usuários para custear as despesas e atualize as tarifas, para que não comprometa outras despesas da gestão com saúde, educação e salários em dia, por exemplo.

APENAS 18% ESTÃO ADIMPLENTES

Atualmente são 21 poços mantidos pela prefeitura, sendo 08 na zona urbana e os demais na zona rural. O sistema atende a 1900 usuários, porém apenas 18% estão com suas tarifas de água em dia, o que representa uma arrecadação de R$ 3.500,00 reais. O custo mensal com a manutenção, segundo a Prefeitura, é de R$ 25 mil reais. Nas gestões anteriores a água não era sequer clorificada, fato que passou a acontecer na administração de Oscar Bandeira.

No TAC, o Ministério Público afirma que para o município distribuir água potável para os moradores precisa implantar um sistema de cobrança eficiente e que supra as despesas com o serviço.

NUNCA HOUVE REAJUSTE

Desde antes da criação do Fundo Municipal de Água e Esgoto (FUMAE), que ocorreu em 2013, que o valor da tarifa de água é de R$ 10 reais. Isso culmina na constante reclamação da população por melhorias, mas ao mesmo tempo impede a gestão de implementar ações por falta de recursos suficientes.

O Projeto deve ser votado na próxima sessão ordinária. Apesar de alguns vereadores estarem querendo fazer uso político do fato, a grande maioria já demonstrou bom senso e devem votar pela aprovação da matéria.

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