O polo da Universidade Aberta do Piauí (UAPI) da cidade de Jatobá do Piauí, município com sede a 134 km ao norte de Teresina, foi o escolhido para representar os demais polos na 15ª edição do “Prêmio Piauí de Inclusão Social”. A UAPI venceu na categoria “Governamental”
A UAPI funciona hoje em 120 municípios do Piauí, oferecendo o curso de Bacharelado em Administração na modalidade Ensino a Distância (EAD). O curso é oferecido pelo Núcleo de Educação a Distância – NEAD, da Universidade Estadual do Piauí (UESPI).
As aulas são ministradas a partir de Teresina e transmitidas via internet para um pequeno monitor nos municípios. Cerca de 6 mil alunos assistem a mesma aula, com o mesmo professor, de forma simultânea. Uma plataforma na internet ajuda os alunos a se aprofundarem nos conteúdos e interagir com um tutor. Cabe ao tutor a correção das atividades que os professores sugerem aos alunos.
Em Jatobá do Piauí, a UAPI funciona em prédio próprio, mas a realidade é bem diferente na grande maioria dos municípios, onde foram usadas salas de escolas estaduais sem nenhuma adequação. Falta climatização das salas e em alguns casos faltam até ventiladores. Cada polo conta com um coordenador presencial, que normalmente são os diretores das escolas estaduais.
O PRÊMIO
A professora Elizângela Oliveira, diretora do polo de Jatobá do Piauí, recebeu o prêmio representando os demais polos. À TV Meio Norte, ela disse que o Polo de Jatobá é referência pelo baixo número de evasão dos alunos. Cada polo classificou 50 alunos no vestibular, mas muitos já desistiram do curso.
“É muito bom fazer parte disso aqui, vocês não tem noção do que isso representa para nós, quando chegamos o secretário perguntou se foi a gente que tinha se inscrito, mas a imprensa entrou em contato com a gente e perguntou se queríamos participar desse evento, trazemos conosco o propósito de diminuir as diferenças, o resultado implica dizer que nós estamos no caminho certo. A UAPI é um projeto grandioso, riquíssimo que foi um avanço na educação do Piauí. Trazer o nome da minha cidade Jatobá do Piauí é que me deixa mais feliz”, afirmou.
ATRASO DE SALÁRIO E PARALIZAÇÃO
Somente em 2019 foram duas paralisações das aulas, por falta de pagamento de professores e tutores. Neste momento, as aulas estão acontecendo, haja vista que os professores foram pagos, mas as correções das atividades estão paradas, por que os tutores estão sem receber.
Em fevereiro de 2019, logo após o início das aulas da segunda etapa do curso, foram dois meses de paralisação. Em outubro de 2019 paralisou novamente, quando chegou a acumular três meses de salários atrasados. As aulas foram reiniciadas já em 2020.
Na segunda etapa, os alunos fizeram as provas de segunda chamada para fechar o Bloco II no último dia 18 de janeiro. Pelo ultimo cronograma divulgado pela UAPI, amanhã, dia 25, se encerra o período 2019.1. Ou seja, um ano de atraso.
Segundo tutores, ouvidos pela reportagem, as bolsas só foram pagas até o mês de agosto de 2019. Está, portanto, com 5 meses em atraso. Para os tutores é dito que seria elaborado um calendário de pagamento, mas os tutores nunca tiveram conhecimento do mesmo.
Os tutores ouvidos disseram ainda que existe a promessa de pagamento para 30 de janeiro e a efetivação do cronograma com a atualização dos atrasados.
O QUE DIZ OS RESPONSÁVEIS
O Em Foco fez contato com a assessoria de UESPI. O órgão disse em nota é responsável apenas pelo desenvolvimento da parte pedagógica da UAPI, e está empenhada nas discussões e encaminhamento de ações junto ao Comitê Gestor UAPI, FAPEPI (responsável pelo gerenciamento de bolsas) e SEFAZ (responsável pelo pagamento), para que as bolsas sejam regularizadas para todos os colaboradores do programa UAPI (coordenação geral e adjunta, equipe de coordenadores do curso-pedagógico e tutoria, coordenadores de polo e adjuntos, professores formadores e assistentes, tutores).
Informou ainda que a coordenação pedagógica fez uma reunião na última quarta-feira (22) para tratar sobre atividades acadêmicas, como desenvolvimento de atividades de extensão e outras ações pedagógicas.
A FAPEPI disse, através de sua Coordenação geral que só se manifesta em nota. Ficou de enviar um email, mas ate a publicação desta matéria não havia enviado.
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