259 anos de Castelo do Piauí: Histórias de sua formação e seu povo
Confira mais sobre a história desta cidade conhecida pelas belezas ecoturísticas.
O município de Castelo do Piauí está comemorando, nesta segunda-feira (13), seu aniversário de 259 anos de emancipação política. Confira mais sobre a história desta cidade conhecida pelas belezas ecoturísticas.
COMO CHEGAR
Carro: Saindo de Teresina, siga pela BR 343 até a cidade de Campo Maior. Há uma entrada à direita no sentido capital-litoral que dá acesso à PI 115, que leva ao município. Vindo do estado do Ceará, o acesso se dá pela BR 226.
HISTÓRIA
O território de Castelo do Piauí, antigo Rancho dos Patos, pertenceu à freguesia de Santo Antonio do Surubim, hoje cidade de Campo Maior. Foi elevado a condição de freguesia com o nome de Nossa Senhora do Desterro em 27 de novembro de 1742, através de uma visita efetuada pelo Bispo do Maranhão, D. Manuel da Cruz.
Em Carta-Régia datada de 19 de junho de 1761, o povoado Rancho dos Patos foi elevado à categoria de vila, cuja instalação ocorreu a 13 de setembro de 1762, agora com o nome de Marvão.
Através do decreto republicano n° 20, de 22 de março de 1890, decreto getulista no° 754, de 30 de dezembro de 1942 e finalmente, Castelo do Piauí (Lei n° 169, de 08 de outubro de 1948).
Os princípios da história de Castelo do Piauí remontou a época do Brasil holandês (1630-1654) o oficial Elias Herckman, fora enviado pelo príncipe Mauricio de Nassau (1604-1679) para explorar minérios no Piauí, chegando a alcançar o poço dos enjeitados, no rio Poty, em 1641.
Uma das primeiras descrições abrangentes sobre a vila de Marvão nos foi legada em documento, pelo ouvidor da Capitania do Piauí, Antônio de Morais Durão. Trata-se de uma memória manuscrita, escrita em Oeiras, antiga capital da província, a 15 de junho de 1722. Nela Durão comenta o problema do banditismo nas regiões limítrofes com o Ceará.
“Esta vila de Marvão é a pior de toda a capitania, porque se acha no sitio mais seco e fúnebre da mesma. Tem únicas três casas ou moradores, pois ainda que aquelas são mais, não tem inquilino algum. O vigário, o juiz, o escrivão e o pior é que nem esperança deixa desses aumentos por lhe faltarem todos os princípios condizentes para os mesmos”. O historiador Alencastre (1831-1811), por sua vez teceu longos comentários sobre Marvão na sua “Cronologia” (1857).
Como pode-se observar Castelo do Piauí no começo de sua história era apenas uma vila, denominada de vila do Marvão, com sua economia voltada apenas para a criação de gado e agricultura de subsistência. Com o crescimento da população, cresce também a necessidade de atividades que possam gerar rendas.
Em 1956 o município contava comum a fabrica de aguardente de cana a Mangueira que no inicio era toda de forma artesanal, atualmente toda sua produção é industrializada, com isso gerou uma boa oferta de empregos.
Depois da instalação das atividades industriais o município começou a se desenvolver, outras industrias se instalaram e outras fábricas de aguardente de cana se juntaram a Mangueira como: Mineirinha, Beija-flor que fabrica também a Castelense, Chave de Prata e Xodoxinha. E a partir de 1998 instalou-se aqui a empresa ECB Rochas Ornamentais do Brasil Ltda, mineradora de capital multinacional que opera na extração do quartzito para a construção civil.
Com o desenvolver da atividade industrial o município, passou a arrecadar mais impostos e isso fez com que a economia de aquecesse, proporcionando mais investimentos em urbanização e programas sociais.
Podemos dizer que a atividade industrial ajudou a modificar o espaço geográfico do município de Castelo do Piauí, direta e indiretamente, visto que as empresas instaladas têm prioridade em contratar apenas trabalhadores do nosso município.
Com o desenvolvimento da atividade industrial se desenvolveu também o comercio, visto que o município conta hoje com muitas lojas de eletrodomésticos, casas de material de construção, etc. Foram instaladas agências bancarias, casa lotérica e agencia dos correios, fruto do capital gerado por algumas industrias do município.
Hoje Castelo do Piauí conta com vários clubes para festas, praças, ruas pavimentadas, restaurantes, além de um ginásio poliesportivo, que funciona como centro de cultura e lazer.
TURISMO
Localizado a cerca de 20 km a o Noroeste da cidade, a margem direita do Riacho da Palmeira, sendo que são 18 km de asfalto e 2 km de estrada vicinal, a 30 minutos de viagem. O terreno em volta do monumento é plano e arenoso, formado por vegetação de transição entre a caatinga e o cerrado, composta em sua maioria por: chapadas, faveiras, macambiras e cactos típicos da região (xique-xique e mandacaru).
A Pedra do Castelo guarda, além de lendas e histórias de fantasmas, pinturas rupestres que revelam a presença do homem por lá na pré-história. Em vários pontos é possível ver figuras geométricas e desenhos de animais estilizados, pintados de vermelho nas paredes. Além de ser dividida por dentro em vários "salões" enormes, a Pedra tem arcos e torres, o que dá uma aparência de castelo medieval.
Parque Municipal Pedra do Castelo
A Pedra do Castelo é o nome dado a uma formação rochosa que fica a cerca de 20 quilômetros do núcleo urbano da cidade, com acesso pela PI 115. Seu formato lembra um castelo medieval e guarda, em seu interior, câmaras e salões que já foram habitados por inúmeras pessoas desde milhares de anos atrás, até um passado recente. Em suas paredes, há pinturas rupestres deixadas pelo homem pré-histórico e também imagens e objetos sacros de fiéis cristãos que cultuam o local como sagrado. A rocha acabou dando nome à cidade que nasceu em 1761. Várias lendas estão associadas à Pedra, como a da imagem da santa encontrada em seu interior e que, mesmo levada à igreja do povoado, teimava em voltar ao salão onde foi achada. Muitas pessoas viveram e outras foram enterradas ali, transformando o local em ponto de romaria. A área do parque contém ainda o Mirante das Arraias e a Cachoeira das Arraias além trilhas para a prática do trekking. O Parque é aberto de quarta a domingo e a entrada é gratuita.
CÂNION
O Cânion do rio Poti, um grande cânion de rochas criado pela paisagem do rio Poti por uma fenda geológica situada na serra de Ibiapaba, entre o Piauí e o Ceará. O cânion estende-se pelos municípios de Crateús, no Ceará, Castelo, Buriti dos Montes e Juazeiro, no Piauí. O aceso é feito através de duas estradas vicinais: uma pela cidade de Juazeiro do Piauí e outra pela cidade de Castelo do Piauí.
A cidade de Castelo é cortada pelos rios Poti, São Miguel e Cais e os três apresentam formações de cânion, que são vales com encostas quase verticais, geralmente formadas por cursos d’água. O maior deles é o do Rio Poti, que começa no Ceará e termina em Castelo, com 180 quilômetros de extensão. O acesso pode ser feito por Castelo, mas recomenda-se o pernoite na cidade já que o embarque no rio deve ser feito no município de Buriti dos Montes.
Para chegar ao início da viagem é preciso pegar uma estrada vicinal entre as duas cidades. Saindo de Castelo, o percurso terrestre é de 53 quilômetros e dura cerca de 1h30. Em seguida, pega-se o barco para percorrer os sete quilômetros de extensão do cânion, onde há muitos locais propícios para banhos e turismo de aventura. Geralmente, passa-se o dia no cânion, por isso é recomendável a saída de Castelo, pela manhã, bem cedinho. Já, o Cânion do Rio São Miguel fica no povoado Buritizinho, zona rural de Castelo.
O acesso é feito por estrada vicinal e chega às margens do rio que dá nome à formação geológica. Embora seja menos extenso, cerca de 300 metros, e com cerca de 15 metros de altura, o cânion do Rio São Miguel é bastante visitado pelos turistas e pela população local por sua proximidade com o centro urbano (cerca de 20 quilômetros). No local há uma barragem, apreciada pelos banhistas.
Comunidade Pico dos Andrés
Abriga um grande número de formações rochosas como as pedras Furada, da Baleia, do Dinheiro, o Mirante da Tartaruga, entre outras. Na mesma região, há o maior conjunto de arte rupestre até o momento descoberto no município: 32 sítios, no total sendo que o maior deles está situado na Pedra do Ninho do Urubu. Tanto a rocha principal de aproximadamente 20 metros de altura, quanto as localizadas ao seu redor, possuem inúmeras inscrições deixadas pelo homem pré-histórico, com desenhos de figuras zoomórficas, antropomórficas e geométricas.
Cachaça Fest
A produção de cana e seus derivados são uma fonte de riqueza para a cidade de Castelo, onde, no segundo semestre do ano, é realizado o festival Cachaça Fest, que reúne não apenas eventos relacionados à essa bebida, como também ao agronegócio, artesanato, cultura e turismo. Também são promovidos shows em praça pública com artistas locais e nacionais.
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