A Polícia Civil de Ibitinga (SP) investiga a morte do adolescente Fernando Fragali de 15 anos que morreu após ser atingido por um apagador de lousa na Escola Estadual Ariovaldo da Fonseca. De acordo com o delegado Márcio Moretto, a brincadeira de arremessar o apagador aconteceu quando o professor não estava na sala de aula.
“Um colega teria arremessado o apagador e o adolescente acabou sendo atingido na cabeça. Ao chegar em sua casa, ele começou a passar mal, vomitar e foi encaminhado para o pronto-socorro. Devido à gravidade, ele foi transferido para a Santa Casa de Araraquara, onde ficou internado por dois dias, mas morreu na noite de sábado”, afirmou o delegado nesta segunda-feira (26).
O caso aconteceu na última quinta-feira (22). Fernando chegou a ficar internado na Santa Casa de Araraquara, mas não resistiu. Ele foi enterrado neste domingo (25), em Ibitinga.
Segundo o Moretto, informações coletadas em redes sociais apontam que o jovem seria usuário de drogas e uma das hipóteses da morte é overdose. Mas a causa só será confirmada com o laudo do Instituto Médico Legal (IML), que deve ficar pronto em torno de 15 dias.
“O corpo do jovem foi encaminhado para o IML para saber qual foi a causa da morte. Há suspeita de que o adolescente possa ter morrido por causa da agressão do apagador, por uso de drogas ou outra problema que ele poderia estar sofrendo. Então, precisamos do laudo do IML para saber qual o motivo da morte. Por isso, a ocorrência foi registrada como morte suspeita”, explica.
Ainda segundo o delegado, estudantes e professores da escola serão ouvidos. “Abrimos inquérito policial para saber quem lançou o apagador e quem foi o culpado pela agressão. Sabemos que na sala estavam apenas adolescentes e que não havia ninguém maior de idade”, ressalta.
Após a morte, a família registrou boletim de ocorrência na delegacia de Araraquara, que encaminhou o caso para a delegacia de Ibitinga, responsável pela investigação.
De acordo com Moretto, a mãe do estudante relatou para a Polícia Civil de Araraquara que houve atraso no atendimento prestado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). “A mãe não chegou a depor aqui na delegacia, mas o que foi nos passado é que ela alegou que a ambulância responsável pela transferência do jovem teria quebrado, atrasando o atendimento em duas horas. Vamos investigar esse fato para saber se houve atraso e se interferiu no óbito da vítima”, diz.
Em nota, a direção da escola lamenta profundamente a morte de um de seus alunos. Todo apoio e solidariedade estão sendo prestados aos familiares e o caso é investigado pela polícia. A Diretoria Regional de Ensino de Taquaritinga também instaurou uma apuração preliminar. A administração regional e a direção da unidade permanecem à disposição da família.
Da Redação. campomaioremfoco@hotmail.com
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