A pol�cia divulgou nesta ter�a-feira (03) o resultado do inqu�rito que investigou a morte do garoto piauiense Eduardo de Jesus Ferreira, 10 anos,no Complexo do Morro Alem�o, na zona norte do Rio de Janeiro, em dois de abril. Segundo o resultado da investiga��o, Eduardo foi morto na porta de casa por um tiro disparado por Policiais Militares (PMs) durante um tiroteiro no morro. Laudos apontam que a dist�ncia que os PMs estavam do garoto era de 5 metros.

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Segundo o relat�rio divulgado, os Policiais Militares entraram em confronto com traficantes e Eduardo teria ficado na linha de tiro. As investiga��es consideraram que os policiais atuaram em leg�tima defesa e, portanto, n�o foram indiciados no inqu�rito, que foi encaminhado para o Minist�rio P�blico.

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�Todos n�s temos responsabilidades quando atuamos com armamento. Mas existe um limite da pr�pria defesa, e os policiais, como ficou provado pela exaustiva investiga��o, atiraram respondendo uma injusta agress�o, e lamentavelmente acabaram atingindo a crian�a. Eles respondem por terem atingido n�o a crian�a, mas sim os traficantes. Conclu�mos que eles agiram em leg�tima defesa e erraram na execu��o�, afirma o delegado.Terezinha Maria de Jesus, 36 anos, m�e de garoto havia afirmado no dia da morte do filho que ele teria sido morto por um policial.

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�Para uma fam�lia, quando uma m�e perde o filho, � a pior dor do mundo. Entretanto, n�s n�o podemos fugir do que foi apurado tecnicamente. De acordo com a lei, chegamos � conclus�o de que a morte ocorreu durante ato de leg�tima defesa�, ressalta o chefe da Divis�o de Homic�dios, delegado Rivaldo.

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A m�e de Eduardo retornou ao Piau� em Julho onde desembarcou com o marido, duas filhas, um neto e o genro, mas retornaram ao Rio de Janeiro ap�s o enterro para acompanharem as investiga��es e participar da reconstitui��o do crime.

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Terezinha Maria de Jesus afirmou no m�s de junho que o estado do Rio de Janeiro havia pagado uma indeniza��o a fam�lia, mas os valores n�o foram divulgados.

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Eduardo de Jesus Ferreira foi enterrado no munic�pio de Corrente/PI, terra natal da fam�lia que atualmente voltou a morar no Piau�.

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O Defensor P�blico F�bio Armado, que rerpesenta a fam�lia de Eduardo informou que a fam�lia do garoto est� inconformada com o resultado do inqu�rito. O defensor n�o concorda com o inqu�rito e contesta a vers�o de leg�tima defesa. "Em tese, a leg�tima defesa exclui a ilicitude do fato. Mas nesse inqu�rito h� depoimentos divergentes. A narrativa sustentada desde o in�cio pela fam�lia � a de que n�o havia traficantes na �rea. E, ainda que tivesse, n�o se espera que um agente do estado dispare e cometa essa ilegalidade", afirmou o promotor que espera que o MP denuncie o caso como homic�dio doloso.

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A irm� de Eduardo, que tamb�m mora no Piau�, disse n�o acreditar no resultado do inqu�rito e que vai tentar entender. "Eu n�o consigo acreditar, isso n�o pode ser verdade. Vou tentar entender melhor, porque n�o pode ser poss�vel. Ainda vou conversar com a minha m�e, que n�o est� aqui no momento", disse a irm� do garoto.

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Fonte: G1