A deputada federal Rejane Dias (PT) ex-secretária de educação do Piauí e esposa do govenador do estado Wellington Dias (PT), apresentou um Projeto de Lei para que médicos brasileiros formados no exterior não precisem do Revalida para atuarem.
A parlamentar endossa uma ideia já defendida pelo seu esposa que, junto a outros govenadores do Nordeste, pediu que o exame Revalida seja desprezados para que médicos formados em “faculdade caça-níqueis”, segundo afirma o presidente do Conselho Federal de Medicina, Mauro Ribeiro, atuem na pandemia do novo coronavírus.
Pelo projeto da deputada, Nº 2172/2020, os estados e municípios contratariam esses médicos, “sem nenhum conhecimento técnico”, segundo Mauro Ribeiro, de forma temporária, para atuarem em órgãos de saúde públicos e privados, sem que eles precisassem prestar a prova do Revalida, que mede, segundo o CFM, o mínimo de conhecimento técnico e pratico para o exercício da medicina.
Pelo projeto da parlamentar piauiense, o diploma seria validado, no prazo máximo de 48 horas, por universidade pública ou privada brasileira, que esteja regularmente credenciada, e que tenha o mesmo curso reconhecido do mesmo nível e área ou equivalente.
Segundo Rejane, a ideia é garantir a contratação célere de novos profissionais para ajudar no enfrentamento à pandemia de coronavírus no Brasil.
Mauro Riberio diz que a atitude de govenadores do Nordeste estão traindo e argumentos falaciosos e mentirosos, se aproveitando do momento de maior ameaça da nossa sociedade, para aprovarem algo totalmente desprezível, no sentido de garantir a esses brasileiro o direito de atender a população sem nenhum conhecimento.
“Não existe, no momento, nenhuma necessidades de pessoas que nem sabemos se são médicos, que não fizeram nenhuma prova. Existem 54 mil acadêmicos de medicina que se colocaram de forma voluntário, e mais 3 mil residente disponível. Não existe a menor razão na fala desses govenadores venham atender no Brasil” disse.
O Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos é uma prova aplicada a médicos formados em faculdades do exterior e aplicada pelo INEP - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais. Apenas 3% dos candidatos do último Revalida, em 2017, foram aprovados. Eram 8.500 e passaram pouco mais de 300.
Da Redação
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