O presidente Jair Bolsonaro, acompanhado de aliados e do ministro da economia Paulo Guedes, anunciou na tarde desta segunda-feira (28), a criação do programa Renda Cidadã, que substituirá o atual Bolsa Família.

O senador Márcio Bittar (MDB, AC), relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC), disse que o novo programa será costeado com verbas oriundas do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) e por meio de verbas reservadas para o pagamento de precatórios. O senador disse que não foi fácil encontrar renda para manutenção do programa.

"Então, não pensem que foi fácil. Essas últimas semanas, tudo o que imaginávamos, sempre tem alguma parte que vai ferir alguém, que tem que tirar dinheiro para isso, mas a solução final está dada hoje num consenso. O Brasil tem no Orçamento R$ 55 bilhões para pagar de precatório e nós vamos utilizar”, comentou Brittar.

Já o líder do governo na Câmara, o deputado Ricardo Barros (PP-PR), falou que o Renda Cidadã será apresentado ao Senado, dentro da PEC emergencial, e que o programa não irá furar o teto de gastos do governo. Inicialmente o programa se chamaria “Renda Brasil”, mas divergências de Bolsonaro com a equipe econômica desagradaram o presidente, que chegou a proibir discussões sobre o assunto dentro do governo. O valor que será pago pelo Renda Cidadã, bem como a data de início do benefício ainda não foram divulgados.