Queimada volta a atingir vegetação e moradores tentam proteger casas no Sul do Piauí
De acordo com os moradores, os focos de queimadas já duram 20 dias e agora estão próximos das casas.
Um incêndio de grande proporção voltou a atingir na tarde desta quarta-feira (7) a reserva legal às margens da PI-141, entre Canto Buriti e Eliseu Martins, Sul do Piauí. De acordo com os moradores, os focos de queimadas já duram 20 dias e agora estão próximos das casas.
Vídeos feito por moradores mostram a destruição provocada pelo fogo, que já se alastrou por 95% dos cinco mil hectares da reserva legal do Assentamento Santa Clara e pelos povoados vizinhos. As queimadas atingiram pastagens, plantações de caju, criações de abelhas e até uma rede de transmissão de energia.
Sem Corpo de Bombeiros e brigada de incêndio nas cidades de Canto do Buriti e Eliseu Martins, produtores rurais tentam controlar a situação e temem que o fogo chegue até as casas. A corporação mais próxima fica em Floriano, a 165 km e mais de 2 horas de viagem, e foi acionada para controlar o novo foco de queimada.
"Todo ano é essa situação. O Corpo de Bombeiros de Floriano veio aqui no início dos primeiros focos de incêndio, mas todo dia surge um novo e a situação fica pior. Os moradores tentam apagar o máximo possível das chamas com água e um abafador adaptado, mas não é o suficiente", declarou o produtor rural Hipólito Neto.
Para os produtores rurais, a maioria das queimadas seria criminosa, e por isso solicitaram investigação sobre os incêndios. Eles também pediram providências por parte da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Piauí (Semar). O G1 procurou o órgão para saber das medidas adotadas para controlar os incêndios na região, mas não obteve retorno.
Bianca Viana
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