Um bebê, de oito meses de gestação, teve a cabeça arrancada durante o parto realizado pela equipe médica da Fundação Santa Casa de Misericórdia, em Belém, no Pará. A mãe, identificada como Daira Oliveira de Souza, entrou em trabalho de parto na manhã dessa sexta-feira (16).
A família saiu do município de Ourém e viajou cerca de 191 km para que a jovem de 26 anos pudesse dar à luz ao filho com segurança. Nomeada como Davi, a criança também era aguardada pelo pai Roberto Lemos, que foi informado pela acompanhante da gestante, identificada como Amanda, que a cabeça do bebê foi arrancada pela equipe, que teria forçado o parto normal mesmo sem a indicação do médico que acompanhou a gestação.
"A Amanda é uma grande amiga da minha esposa. Ela falou que tinha visto tudo e ainda chegou a falar que a Daira não poderia ter um parto normal. Ainda assim, continuaram. Quando puxaram a criança, ela disse que a cabeça soltou do resto do corpo e acabou caindo no chão", descreveu Roberto, de acordo com o Diário Online. Revoltado, ele garantiu que vai registrar a ocorrência junto às autoridades.
O pai ainda aponta que, embora o parto normal não fosse aconselhável, o filho não apresentou nenhuma anormalidade nos exames que antecederam o procedimento. A família já sabia que Davi havia desenvolvido um problema renal, entretanto o médico de Daira disse que a condição não iria interferir no nascimento.
O governador do Pará, Helder Barbalho, usou as redes sociais para lamentar a morte na unidade de saúde e informou que todos os envolvidos no parto foram afastados. "Pedi também a Polícia Civil do Pará que apure com rigor o ocorrido, abrindo um inquérito para investigar, junto com o Renato Chaves, as causas e os responsáveis, para eventuais punições sobre o caso", publicou.
Bianca Viana
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