“Já consta no processo”, diz juiz sobre oferta de 2 mil para menor
Nos autos do processo já consta essa possível pessoa que teria feito a oferta ao adolescente.
As revelações da Defensoria Pública de que uma pessoa de Castelo do Piauí teria oferecido R$ 2 mil e um advogado para Gleison Vieira da Silva espalhar terror pelo município não são mais considerados fatos novos pelo juiz Leonardo Brasileiro. Segundo ele, nos autos do processo já consta essa possível pessoa que teria feito a oferta ao adolescente.
“Tudo que está ai divulgado já está tudo dentro dos autos; não é nada novo. Todas as teses da defesa já foram abordadas e já foram afastadas. Não há nada novo. Pode ter chegado essa informação agora para vocês, mas já está tudo dentro do processo”, disse Leonardo Brasileiro em entrevista ao programa Agora da Tv Meio Norte.
Quando questionado sobre quem seria a pessoa com interesse em tocar o terror em Castelo, o juiz se esquivou. “Eu não posso nem falar porque não sei se essa tese ele persiste. Não há elementos concretos para a gente acusar alguém. É apenas uma tese da defesa”, disse Leonardo Brasileiro.
Boatos repercutem no município de Castelo dando conta que um policial teria feito a oferta ao adolescente Gleison Vieira. Sobre o indício do envolvimento de um policial militar, o Comandante Geral da PM no estado, Coronel Carlos Augusto, não escondeu que já tem conhecimento do fato, mas preferiu dizer: “Assim que formos notificados pela justiça, através do que consta no processo, nós acionaremos a corregedoria. Se realmente estiver envolvido nós vamos tomar as devidas providencias”.
Foto: Reprodução / Tv Meio Norte
O programa Agora também ouviu a mãe do jovem Gleison Vieira – morto por companheiros de sela no CEIP. A dona de casa afirmou não acreditar que somente seu filho praticou o crime, mas disse ouvir de Gleison que todos tiveram participação. “Eu perguntei pra ele: meu filho esses outros tiveram participação? Ele disse: mãe nós tudinho participamos”, declarou a mãe do garoto.
Juiz da comarca de Castelo do Piauí, Leonardo Brasileiro vai encaminhar o processo ao Tribunal de Justiça do Estado para que o órgão analise se cabe recurso depois das novas teses apresentadas pela Defensoria Pública.
Por Otávio Neto
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