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  10:43

Por falta de maca paciente é atendido no chão e morre em UPA na zona Sul de Teresina

 Com informações: G1 / PI

 

Na tarde de quarta-feira (17), um homem morreu após ter sido atendido no chão por falta de maca na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Promorar, Zona Sul de Teresina. O paciente apresentava problemas respiratórios, teve uma parada cardíaca e os profissionais de saúde tentaram reanimá-lo.

Procurada, a Fundação Municipal de Saúde (FMS) de Teresina, afirmou que o paciente chegou em estado grave, trazido nos braços de um parente, e que a equipe de plantão iniciou as tentativas de reanimação imediatamente enquanto era providenciada uma maca.

A fundação disse ainda que todas as salas da unidade estavam ocupadas, inclusive os leitos extras. Além disso, segundo a FMS, devido à gravidade, não era possível interromper o processo de ressuscitação cardíaca.

O órgão informou que todos os recursos foram usados para a reanimação do paciente. Profissionais relataram que a UPA do Promorar passar por uma superlotação e falta de estrutura para lidar com a atual demanda.

A técnica em enfermagem Polyena Silveira, que atuou na equipe que atendeu o paciente, informou ao G1, que foram realizados mais de seis ciclos de reanimação cardiopulmonar e, mesmo assim, não conseguiram reanimar o paciente.

139 pessoas na fila de espera

Na quarta-feira (17), a Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi) informou que existem atualmente 139 pessoas infectadas pelo coronavírus na fila de espera por leitos em todo o Piauí. Além disso a taxa de ocupação de leitos de UTI no Piauí está em 91% e a de enfermaria, 71%.

Segundo a Sesapi, serão abertos ainda nesta semana, dez novos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no Hospital Getúlio Vargas (HGV), em Teresina, e dez leitos clínicos no Hospital Regional Senador Cândido Ferraz, em São Raimundo Nonato.

A Sesapi também estuda implantar mais dez leitos de UTI e 20 clínicos no anexo do Hospital Estadual Dirceu Arcoverde, em Parnaíba, 50 leitos clínicos no Hospital da Polícia Militar e mais 12 leitos clínicos no Instituto de Doenças Tropicais Natan Portella, ambos na capital.

Fellipe Portela

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