Considerada a mais letal, a variante do coronavírus detectada em outubro na Índia, a B.1.617, já foi confirmada em 44 países de acordo com relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) publicado na terça-feira (11). A nova cepa se alastrou pelo mundo em pelo menos 27 países desde o último dia 28 de abril.
A OMS apontou em documento que as sub-linhagens B.1.617, como a B.1.617.1 e B.1.617.2, aparece em menor graude de contaminação.Além da Índia, o Reino Unido foi o país que mais relatou casos sequenciados geneticamente da B.1.617 e, recentemente, informou que a B.1.617.2 é uma sub-linhagem preocupante nacionalmente. Nesta segunda-feira (10), o órgão de saúde internacional já havia classificado a versão do vírus como "preocupante em nível global".
"Há informações de que a B.1.617 é mais contagiosa", mas também existem elementos que permitem pensar que ela atenuaria as respostas dos anticorpos que combatem o vírus e, "portanto, nós a classificamos como uma variante preocupante em nível global", afirmou a doutora Maria Van Kerkhove, responsável técnica do combate contra a Covid-19 na OMS.
Drama da Índia
O país mais populoso do mundo (com quase 2 bilhões de pessoas), sofre com a segunda onda da Covid-19.De acordo com a OMS, a Índia contabiliza, desde o início da pandemia, 22.992.517 casos do Sars CoV-2, que resultaram em 249.992 mortes até esta terça-feira (11). Nas últimas 24h, o país apresentou 3.876 óbitos devido à doença, número mais alto do planeta nesse período.
Médicos da Índia pedem para que pessoas do país não usem esterco bovino contra a Covid-19. Muitas pessoas estão aderindo a essa prática. Os especialistas alertam que tal medida não protege contra a Covid-19 e que ainda há risco de contágio por outras doenças.
Bianca Viana
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