O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse hoje que será candidato nas eleições de 2022 "se for necessário para tirar [Jair] Bolsonaro" da presidência. A declaração foi dada em entrevista à Rede Meio Norte.
"Se for necessário pra tirar o Bolsonaro que eu seja candidato, não tenham dúvida que serei", afirmou Lula. "O povo está cansado. Liga a televisão, tá lá o Bolsonaro mentindo. Vai ver o jornal, tá lá o filho dele inventando uma fake news. Não há uma única mensagem de paz. É só ódio". complementou.
Lula afirmou que sua eventual campanha não entrará em brigas e discussões com adversários, e deverá ser focada no diálogo com a população. "Eu não sou de instigar o ódio. Toda vez que perdi uma eleição nunca contestei o resultado. Vamos fazer uma campanha do jeito que a gente sabe fazer: conversando com o povo e não fazendo o jogo rasteiro dos nossos adversários. Da minha parte será 'Lulinha paz e amor' sempre", declarou na entrevista.
O ex-presidente rebateu o discurso de que é necessária uma terceira via nas eleições de 2022. "Não existe neutralidade em eleição. É bom que o povo saiba bem claro o que cada um representa." Lula também criticou a condução da pandemia pelo governo federal. Segundo ele, o Brasil "está correndo atrás do prejuízo porque não fez a lição de casa" e poderia ter evitado "pelo menos metade das mortes" se todas as ofertas de vacina não tivessem sido recusadas.
Ele relembrou a fala do ministro da Saúde Marcelo Queiroga de que as 3 milhões de doses da vacina da Janssen, contra a covid-19, chegarão ao Brasil próximo do prazo de validade. A informação foi confirmada ontem na CPI da Covid. O lote de vacinas da Janssen vence no dia 27 de junho, mas ainda não há data para a chegada ao Brasil. "A verdade é que o presidente não está nem aí para saúde do povo", afirmou Lula.
Bianca Viana
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