Um vereador de Serranópolis de Minas, no estado de Minas Gerais, foi preso nesta terça-feira (28) após tentar matar a esposa.
Segundo a Polícia Civil, Adva Avelino da Silva (Advar Do Senharol) amarrou a companheira em uma árvore e ainda a arrastou por um terreno de terra. A perícia confirmou que a mulher ficou com marcas no pescoço e arranhões nas costas por conta das agressões.
"Ele pegou a corda e puxou eu aqui e passou a corda aqui [diz apontando para uma árvore]. Eu falei: me solta, moço, solta, não me mata não [sic]", disse a vítima em um vídeo que pode ser visto acima.
O delegado André Brandão, que conduz a investigação, fala que as agressões foram motivadas por ciúmes.
“Ele proibiu que ela acessasse a rede social Facebook e, tendo em vista que ela não obedeceu suas ‘ordens’, ele amarrou essa senhora em uma espécie de enforcamento, pendurando ela em um pedaço de pau, uma árvore. Posteriormente, ele arrastou ela pelo chão do terreno.”
A Câmara de Vereadores informou que não vai se manifestar por ainda não ter conhecimento dos fatos.
O casal está junto há 21 anos e tem três filhos, um deles, de apenas dois anos, estava na residência no momento das agressões, ocorridas na última quinta-feira (23). Após conseguir se desamarrar, a mulher acionou um advogado.
“Ela usou o telefone de um dos filhos, já que o dela foi quebrado por ele durante a agressão”, afirma o delegado.
De acordo com André Brandão, no dia do crime a PCMG fez buscas, mas Adva Avelino da Silva fugiu. O parlamentar foi encontrado dias depois em uma comunidade de difícil acesso, na casa de uma ex-namorada. Com ele, os policiais encontraram cerca de R$ 10 mil. A suspeita é que o dinheiro seria usado para continuar a fuga, o que foi negado por ele em depoimento.
“Pelas suas declarações, ela falou que ele realmente tentou ceifar sua vida, então ele incorreu no delito de tentativa de feminicídio.”
Nesta quarta-feira (29), em depoimento à polícia, o vereador disse que agiu para se defender, já que a mulher teria tentando esfaqueá-lo, hipótese que o delegado não acredita ser verdadeira. Afirmou ainda que os arranhões que ela tem nas costas são decorrentes de uma queda quando ele a amarrava.
“A orientação é que a população busque por informações antes de votar, não podemos aceitar que um agente político, que deveria agir para cumprir as leis, as desrespeita. É importante também que as vítimas denunciem a violência, embora a senhora afirme que já foi agredida, ela nunca formalizou essas situações junto às autoridades.”
Da Redação
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