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  19:17

Colin Powell, ex-secretário dos EUA durante o governo de George W. Bush, morre de Covid-19

 Fonte: G1

O general Colin Powell, ex-secretário de Estado dos EUA, morreu nesta segunda-feira (18) aos 84 anos por complicações ligadas à Covid-19, de acordo com um texto assinado por sua família em uma rede social.

“Queremos agradecer a todos no Centro Médico Walter Reed pelo tratamento. Perdemos um grande marido, pai, avô e um grande americano”, diz o texto. Ele morreu na cidade de Bethesda, no estado de Maryland, perto de Washington DC.

Powell tinha mieloma múltiplo, um tipo de câncer que atinge os glóbulos brancos. A família não divulgou qual foi a complicação da Covid-19 que ele teve e nem quando ele havia se vacinado, ou se havia recebido uma dose de reforço.

1º negro em cargos de grande responsabilidade
Powell serviu como principal oficial militar e diplomata dos Estados Unidos em governos de presidentes do Partido Republicano. No entanto, ele anunciou que votou em Joe Biden nas últimas eleições.

Ele foi o primeiro negro a ocupar cargos de grande responsabilidade nos EUA: conselheiro de Segurança Nacional na Administração de Ronald Reagan; chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas americanas, e secretário de Estado de George W. Bush até 2005 (nos EUA, esse é o nome do cargo do chefe da diplomacia). Ele se aposentou do Exército como general de quatro estrelas.

Powell foi o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas dos Estados Unidos durante a primeira Guerra do Golfo em 1991, durante o governo de George H.W. Bush.

Na época da invasão do Iraque, em março de 2003, já com George W. Bush na Presidência, ele era secretário de Estado.

Quando Barack Obama foi eleito, em 2008, ele afirmou que ficou emocionado. Na ocasião, ele afirmou: "Mesmo que alguém tenha votado no Obama, ou não, é preciso sentir um orgulho enorme pelo fato de que fomos capazes de conseguir isto". Ele tinha anunciado apoio a Obama uma semana antes das eleições.

Guerra do Iraque
Powell era inicialmente contrário à invasão do Iraque, mas em fevereiro de 2003 ele mudou de ideia. Em um discurso nas Nações Unidas, ele afirmou que os serviços de inteligência dos EUA tinham encontrado evidências de que o regime iraquiano tinha armas de destruição em massa, e que era preciso acabar com isso.

Como ele tinha credibilidade entre políticos tanto do Partido Republicano como do Partido Democrata (e também na mídia), conseguiu convencer o establishment americano da necessidade de invadir o Iraque.

No entanto, o Iraque nunca teve armas de destruição em massa. Todas as informações que Powell apresentou no discurso na ONU eram falsas.

Da Redação

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