“Eu vou te passar o contato do doutor Edson. Por favor, liga pra ele. Fala pra ele fazer alguma coisa. Fala pra ele mandar a gente pro Brasil, pra gente responder lá”.
Esta foi a mensagem de áudio que Mariana Coelho recebeu da irmã Mary Hellen Coelho Silva, presa na Tailândia por tráfico de drogas na semana passada. Com voz de choro e aparentando desespero, a jovem de 21 anos pediu para que a irmã entrasse em contato com um advogado para trazer ela de volta para o Brasil.
A Tailândia é um dos países onde o tráfico de drogas pode ser punido com pena de morte, dependendo da quantidade e das circunstâncias.
O áudio foi encaminhado por um aplicativo de mensagens. Foi por meio dele que Mariana soube da prisão da irmã no país asiático. Em entrevista ao g1, Mariana contou que ficou surpresa e em choque quando soube do crime que a irmã havia cometido.
"Eu não tinha noção da dimensão daquilo, não sabia da gravidade. Pra mim, ela estava viajando para Curitiba atrás de algum namorado, estas coisas que os jovens fazem”, relembrou Mariana.
Mariana contou que só começou a entender a gravidade da situação depois que começou a pesquisar sobre o assunto e descobriu sobre as possíveis punições que a irmã poderia sofrer.
A notícia pegou a família de surpresa. A mãe dela, que luta contra um câncer, precisou ser internada quando soube que a filha havia sido presa no país asiático.
Três brasileiros foram presos no aeroporto de Bangkok, na Tailândia, segundo as autoridades do país. Eles são investigados por tráfico internacional de drogas. De acordo com comunicados das autoridades tailandesas, divulgados na imprensa do país asiático, foram apreendidos com os brasileiros 15,5 quilos de cocaína.
Os primeiros detidos foram um homem, de 27 anos, e Mary Hellen, de 21 anos, que saíram de Curitiba. Após escalas, chegaram em um voo por volta das 7h de segunda-feira (14). Horas depois, as autoridades prenderam um morador de Apucarana, no norte do Paraná. O jovem, de 24 anos, havia chegado em outro voo.
Ao g1 do Paraná, o Itamaraty informou que, por meio da embaixada de Bangkok, acompanha a situação e presta toda assistência aos brasileiros. O g1 Sul de Minas entrou em contato novamente com o Itamaraty neste domingo (20), mas ainda não obteve retorno.
Walton Carvalho
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