Um menino de 13 anos confessou que matou a tiros a mãe Iranilda de Sousa Medeiros Araújo, de 47 anos, e o irmão mais novo, Gabriel de Sousa Medeiros Araújo, de 7 anos no sábado (19). O pai do garoto, de 57 anos, ficou gravemente ferido. Segundo o depoimento do adolescente, ele cometeu o crime bárbaro porque a família o proibiu de usar o celular para jogar e para conversar com os amigos e porque era pressionado por notas boas.
O menino foi apreendido pouco depois dos tiros e levado para a Delegacia de Homicídios e Entorpecentes da Polícia Civil em Patos-PB. Seu depoimento foi prestado na presença de uma advogada e de uma parente. O delegado Renato Leite está responsável pelo caso.
De acordo com Renato, já é possível fazer uma reconstituição dos fatos. O pai do menino, policial militar reformado, foi à farmácia comprar um remédio para a esposa que estava deitada, doente e, pouco antes de sair de casa, retirou o celular do menino, o que foi definido pelo menino como sendo “a gota d’água” que o levou a cometer o crime.
"A mãe aguardava no quarto, deitada, dormindo. Ele chegou, encostou a arma na cabeça dela e efetuou um disparo contra a mãe", relatou Leite à TV Sol.
Quando o pai retornou da farmácia, já encontrou a esposa morta. Encontrou o filho com a arma na mão e pediu para ele soltar o revólver. Ao invés disso, o menino atirou no pai e o atingiu no tórax, deixando-o gravemente ferido.
Com o barulho dos tiros, o irmão do adolescente correu para abraçar o pai. Acabou sendo baleado pelas costas e morrendo no local.
Ainda de acordo com o delegado, o suspeito, depois dos tiros, guardou a arma do pai e ligou para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). O pai está internado em estado grave no Hospital de Trauma de Campina Grande-PB.
No início, o adolescente negou. E a própria polícia achava, a princípio, que ele era vítima, sobrevivente de uma chacina. Depois, contudo, no desenrolar das investigações, ele foi apontado como autor do crime. E, na delegacia, acabou confessando.
Segundo o delegado, é provável que ela seja internada provisoriamente em medida provisória contra menor infrator. Após a apreciação judicial, ele deve ser ser enviado para o Centro Especializado de Reabilitação de Sousa.
Da Redação
Comentários
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião desta página, se achar algo que viole os termos de uso, denuncie.