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Familiares de vítimas processarão a Lufthansa nos EUA

Os advogados afirmaram que a decisão foi tomada depois da recusa da Lufthansa de aumentar de forma voluntária o valor das compensações já anunciadas.

 

Advogados alemães que representam as famílias de 35 vítimas do voo da Germanwings que caiu nos Alpes franceses anunciaram neste domingo (9) que processarão o grupo Lufthansa, proprietário da companhia aérea de baixo custo, nos Estados Unidos em busca de maiores indenizações.

 

Em comunicado, os advogados afirmaram que a decisão foi tomada depois da recusa da Lufthansa de aumentar de forma voluntária o valor das compensações já anunciadas. Além disso, disseram que a legislação americana é mais vantajosa que a alemã para as vítimas.

 

"Tendo em vista as últimas notícias, estamos prestes a entrar com um processo de corresponsabilidade. Nos EUA podemos conseguir compensações até 20 ou 30 vezes maiores do que as previstas no direto alemão", afirma o comunicado.

 

O advogado Christof Wellens e o escritório Backes & Associados, da cidade de Mönchengladbach, no oeste da Alemanha, acrescentaram que estão em contato com advogados de direito civil americanos.

 

O anúncio segue o da advogada Elmar Giemulla, que afirmou hoje ao jornal "Bild" que está "preparando um processo nos EUA" e que há grandes chances de a ação ser aceita.

 

Vários familiares das vítimas da tragédia escreveram recentemente uma carta aberta ao presidente da Lufthansa, Carsten Spohr, na qual criticaram o comportamento da companhia em todo o processo. Além disso, consideraram como "insultante" a indenização oferecida - 25 mil por morto, mais 10 mil por cada parente direto.

 

No dia 24 de março deste ano, o voo da Germanwings que saiu de Barcelona com destino a Düsseldorf caiu nos Alpes franceses. Tudo indica que o copiloto Andreas Lubitz, de 27 anos, provocou deliberadamente a queda da aeronave.

 

Lubitz estava de licença médica no dia do acidente, fato que não comunicou à Germanwings, e, de acordo com as investigações, tinha sido examinado por 41 médicos em cinco anos por sucessivos transtornos, incluindo depressão.

 

Depois da catástrofe, a Germanwings concordou em pagar até 50 mil euros aos familiares como ajuda de urgência, seguida da oferta de indenização considerada como "insultante" pelos familiares.

 

A maior parte das vítimas era alemã ou espanhola. Porém, havia passageiros com nacionalidade dos Estados Unidos, Reino Unido, Israel e diversos países da América Latina.

 

A Lufthansa explicou que as indenizações aos familiares das vítimas estão de acordo com as leis de cada país de origem. Por isso, o valor pago pode variar substancialmente.

 

Fonte: UOL

Por Helder Felipe

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