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Escola de dança para crianças carentes deve fechar em Campo Maior por falta de incentivos

 Imagem: Arquivo pessoal

O Instituto de Dança Jamerson Ruan, situado na Rua Clemente Pires, no Bairro de Flores, em Campo Maior deve encerrar suas atividades até o fim do ano por falta de incentivos.

A escola atende cerca de 50 crianças e adolescentes carentes do bairro e de outras partes da cidade e não cobra mensalidades. O instituto funciona há 10 anos e é mantido pelo educador físico e bailarino Jamarson Ruan, funcionando inclusive na sua própria residência por não ter sede própria.

“10 anos revelando talentos, ganhando premiações de 2º e 3º lugar, ganhando troféus fora, indicações em grandes festivais (de dança) tanto nacionais como internacionais. Sou professor, coreógrafo, bailarino, sou professor de educação física também e já ganhei premiações fora, como o 3º lugar em um festival internacional de dança”, declarou o coreógrafo Jamerson Ruam ao EmFoco.

No início do mês Jamerson e uma bailarina do projeto, Elen Thaís, estiveram no Rio de Janeiro participando do Festival Tempo de Dançar, que tem a famosa bailarina Ana Botafogo como uma das avaliadoras, onde Elen e o instituto receberam um importante troféu de participação.

“Tudo indica que eu vou embora e vou acabar com o projeto. A gente vai dar contiuidade até dezembro e em janeiro eu vou partir para o Rio de Janeiro para morar lá. Infelizmente vou ter que acabar meu projeto por falta de incentivo. Mas a gente já revelou muitos talentos”, enfatizou o coreógrafo.

Jamaerson destacou também que o seu instituto acabou de encaminhar 3 bailarinas para continuar estudando em uma escola de dança em Teresina, Elen Thaís, Tarcila e Lara vão estudar na Escola  Mariana Alves através de uma bolsa conseguida por ele. 

O instituto de dança de Jamarson Ruam está fechando por falta de recursos para custear as despesas básicas com esse tipo de ação. Segundo o rapaz, o poder público municipal até ajuda, mas não com o suficiente. No evento no Rio de Janeiro mais meninas poderiam ter participado, mas não havia verbas para as passagens.

O coreógrafo acredita que ações como essas deveriam ser melhor vistas e incentivadas pois elas mudam a realidade de meninas que são talentosas mas esbarram nas dificuldades impostas pela condição social. 

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Walton Carvalho

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