A vereadora Yanny Brena Alencar, encontrada morta em Juazeiro do Norte, no Ceará, no dia 03 de março, sofreu um golpe conhecido como "mata leão" do namorado, Rickson Pinto, o qual se suicidou logo em seguida. É o que aponta o laudo da Polícia Civil apresentado nesta quinta-feira (23).
Segundo as investigações, Rickson Pinto Lucena aplicou o mata leão — que consiste em se posicionar nas costas da vítima e sufocá-la com os braços em volta do pescoço — e levou a vereadora para a sala do imóvel, onde ela foi colocada em "suspensão incompleta".
A vítima ficou pendurada e amarrada por um objeto. O objetivo de pendurar o corpo de Yanny, segundo Márcio Gutiérrez, chefe da Polícia Civil do Ceará, era simular um duplo suicídio.
"Ela tinha agressões no rosto, no queixo, marca de violência nos braços, lesões de arrasto, indicando que ela foi puxada por ele. A própria Pefoce [Perícia Forense do Ceará] deixou isso no laudo de que ele empregou muita violência, compatível até com um acidente de veículo", detalhou Márcio Gutiérrez.
As investigações descartaram a presença de uma terceira pessoa na casa. A polícia afirma que Rickson Pinto desligou as câmeras de segurança do interior do imóvel.
Em depoimento à polícia, uma das amigas de Yanny Brena afirmou que ela já tinha expressado que não queria continuar pagando as despesas de Rickson Pinto.
A reportagem da TV Verdes Mares Cariri, afiliada da TV Globo, teve acesso ao depoimento de uma das 17 pessoas ouvidas pela polícia para elucidar o caso. A polícia também investigou se Yanny havia tentado terminar o relacionamento com Rickson dias antes das mortes.
“Yanny relatou que não queria mais ficar pagando as contas de Rickson; que nunca dividia as despesas do casal, ela sempre arcava com tudo”, disse a amiga em depoimento à polícia.
Yanny era médica, vereadora pelo PL e presidente da câmara municipal. Rickson se intitulava como atleta de vaquejada, mas não possuía uma ocupação fixa, conforme as investigações. Ela sofreu ferimentos no pescoço, no abdômen e também teve unhas quebradas, indícios de que houve luta corporal antes do assassinato. O casal estava junto desde de 2020.
As informações são do G1
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