Radialista é condenado a 21 anos de prisão por assassinar de namorada a pauladas em Campo Maior (PI)
Jonatans Mendes de Araújo foi condenado, na quinta-feira (23), a 21 anos de reclusão pelo assassinato da sua então namorada, Lia Raquel Carvalho Silva. A mulher, de 33 anos, foi morta a pauladas, no dia 7 de dezembro de 2020, em Campo Maior, 80 km ao Norte de Teresina.
Conforme a denúncia do Ministério Público (MP), a vítima foi morta com vários golpes de um pedaço de pau pelo acusado “após um ataque de ciúme excessivo”. Dessa forma, o réu respondeu por homicídio qualificado por motivo torpe (ciúme excessivo), por ter dificultado ou impossibilitado a defesa da vítima e por feminicídio.
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O homem foi submetido a julgamento pelo Tribunal do Júri. Durante a audiência, testemunhas relataram que o réu perseguia a vítima em casa e no trabalho, que a obrigava a manter relação sexual, “reprova gravemente apenas por gostar de uma música” e que já havia até quebrado o braço dela.
Sobre as consequências do crime, o juiz Muccio Miguel Meira, 1ª Vara da Comarca de Campo Maior, citou na decisão que Lia Raquel tinha quatro filhos menores, que ficaram órfãos.
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“As circunstâncias transcendem a normalidade, pois o acusado adentrou na casa da vítima, subjugando-a, agredindo-a com um pedaço de pau e após tal agressão, ainda teria usado da impressão digital da vítima para abrir o celular dela e espreitar os arquivos, tendo, após desferido outras várias pauladas na vítima, que fizeram sangue jorrar até no teto da casa”, afirma a sentença.
Dessa forma, o homem foi condenado e deverá cumprir a pena inicialmente em regime fechado, tanto pela quantidade da pena aplicada como pelo fato de se tratar de um crime hediondo.
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Jonatans de Araújo encontra-se preso preventivamente. Ele pode recorrer da decisão, mas deverá permanecer sob custódia, porque, na decisão de quinta-feira, o magistrado manifestou pela manutenção da prisão devido à gravidade dos crimes, que apontam evidente periculosidade.
“Solto, o acusado poderá continuar perpetrando tal violência em face de outras mulheres, residindo aí a necessidade de manutenção da prisão preventiva para garantia da ordem pública”, declarou o juiz.
FONTE/CRÉDITOS: G1 PIAUÍ
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