O nome do empresário piauiense Lourival Ferreira Nery Júnior foi citado durante entrevista coletiva concedida pela Polícia Federal, referente aos trabalhos da 26ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada na manhã desta terça-feira (22/03). Lourival foi conduzido à sede da PF em Teresina, por força de mandado de condução coercitiva.
Lourival Nery, que é conselheiro da CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos), apareceu em uma lista com nomes de supostos recebedores de propina. Pagamentos estes, que segundo a Polícia Federal, eram coordenados diretamente por Marcelo Odebrecht.
Após um depoimento rápido, Lourival deixou a sede da Polícia Federal em Teresina.
OPERAÇÃO ÁGUAS CLARAS
Não é a primeira vez que Lourival se torna alvo da PF. Em 2012, durante a Operação Águas Claras, o então diretor Financeiro da CBTU foi acusado de fazer lobby para a empresa Allsan Engenharia. A empresa foi apontada como líder de um poderoso cartel para fraudar licitações de empresas estatais, como a Agespisa.
Segundo a acusação do Ministério Público de São Paulo e da Polícia Civil, Nery estaria recebendo 14% do faturamento mensal da Allsan pelo contrato com a Agespisa, firmado em caráter emergencial. Nery chegou a cair em um grampo da Águas Claras, que para as investigações, "indicam a sua influência e interferência direta junto à presidência da Agespisa, aos advogados da companhia responsáveis pelo procedimento licitatório e com os demais agentes públicos que lhe repassam informações sigilosas".
Fonte: 180graus
Por Otávio Neto
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