O presidente do Comercial Atlético Clube, ex-goleiro Neto, concedeu uma entrevista à rádio Cidade FM nesta semana que impactou os campomaiorenses, em especial os torcedores do bodão.
Ele narrou a situação pela qual o clube vem passando e revelou o descaso da prefeitura com a agremiação. Segundo Neto, o compromisso firmado entre a Prefeitura de Campo Maior com aval da Câmara de Vereadores de repassar ao Comercial, via subvenção social, 240 mil reais, porém o acordo não foi cumprido pelo Prefeito João Félix.
“Quando era pra sair 60 mil, valor das parcelas, a prefeitura só repassava 20 mil. Hoje a situação do Comercial está precária. Falta repassar duas parcelas de 60 mil pra sanar os débitos”, lamentou destacando que a situação não está pior graças ao Governo do Estado. “Agradeço muito o Governo do Estado por ter repassado 100 mil reais, foi com ele que sanei alguns débitos com hotel, alimentação e folha, porque o município não teve compromisso com o clube”, ressaltou.
Segundo o presidente, o mais grave é porque o Comercial corre o risco de perder o seu clube, conhecido como Toca do Bode por conta de um processo trabalhista do jogador Wescley de 2012. “Essa causa trabalhista dá mais de 200 mil reais e o que vai acontecer? O que tem de mais precioso que o Flavio Bona fez vai ser penhorado. Flavio Bona abdicou de sua família pra colocar todo suor dele naquele clube. A herança que o comercial tem é o clube e está perto de ser perdido”, contou afirmando que o clube não tem como pagar essa dívida e o patrimônio deve entrar na negociação.
Neto finalizou dizendo que ninguém quer assumir o Comercial porque não há ajuda e compromisso da Prefeitura. “Subimos para a série A e pensamos que as coisas iam melhorar, mas ficou foi pior”, pontuou.
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