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  14:02

Sem distribuição da Caderneta da Criança há três anos, mães pagam até R$ 65 para imprimir documento

 

Há pelo menos 3 anos, o Ministério da Saúde parou de distribuir a Caderneta da Criança a estados e municípios. O material é essencial para as famílias e médicos acompanharem o desenvolvimento dos bebês e das crianças. Sem acesso, mães e pais tiveram que improvisar.

A unidade de saúde onde a filha da recepcionista Antiane Aleson é atendida no Recife só tinha a versão antiga. A mãe pagou R$ 65 reais para imprimir a nova.

“Eu busco todas as informações, porque mãe de primeira viagem precisa de tudo que é possível, mas principalmente também no desenvolvimento dela, no acompanhamento”, disse.

A Caderneta era produzida e distribuída aos municípios pelo Ministério da Saúde. Com ela, mães e pais podiam acompanhar o desenvolvimento e calendário de vacinação dos filhos. Além disso, havia informações que ajudam a cuidar melhor da saúde da criança até os 9 anos.

A Caderneta de Saúde da Criança é um documento importante que municípios em vários estados estão sem receber. É o caso de outras capitais, como Belo Horizonte e Aracaju. Alguns estados e prefeituras passaram a confeccionar as próprias cadernetas para abastecer as unidades de saúde.

A falta da Caderneta não impede a vacinação ou atendimento das crianças, mas o pediatra Eduardo Jorge Fonseca comenta a importância de ter o documento.

“A mãe deve tê-la em todas as consultas médicas, de urgência, inclusive, porque se eu estou com uma suspeita de uma meningite, e a criança tem todas a vacinas pra meningite em dia, eu já descarto essa possibilidade. Então a família precisa usá-la, lê como um instrumento educativo como de fato ela é”, explicou o médico.

O Ministério da Saúde afirmou que retomou neste ano o processo para impressão e distribuição da Caderneta da Criança. A previsão é que o material seja enviado para todos os estados e Distrito Federal no primeiro semestre de 2024. Disse ainda que foi necessário retomar o processo de licitação para a produção da caderneta já que ela não é distribuída há mais de 3 anos.

Créditos: G1

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