A família do jovem Paulo da Silva Junior precisou abrir uma cova por conta própria para conseguir enterrá-lo no Cemitério Municipal São Sebastião, em Rio Grande da Serra, neste domingo (3).
A despedida do rapaz, que morreu afogado, ocorreu sem velório e de forma precarizada. Isso porque agentes funerários se recusarem a realizar seu sepultamento, alegando que todas as covas do cemitério estariam ocupadas e que seria necessário esperar a exumação de corpos nesta segunda para, então, o enterro ocorrer.
"Olha, desde ontem que a gente não tem [cova]. A que tinha ontem foi usada e hoje a gente não tem. O serviço vai ter que ficar pra amanhã. Quando outro funcionário chegar, ele vai fazer algumas exumações porque também não temos lugar pra abrir e aí vamos fazer este sepultamento", teria dito um dos profissionais a Maíra Rodrigues, administradora da funerária.
Segundo a representante da empresa, esta foi a segunda ocorrência do tipo em menos de uma semana. O outro caso, contudo, ela diz ter sido solucionado rapidamente.
Após realizar o enterro por conta própria, a família de Junior ainda foi cobrada pela taxa de prestação do serviço funerário, um valor de R$ 160.
Maura Conceição da Silva, mãe do rapaz, disse que pretende entrar com um processo contra os responsáveis pelo ocorrido.
"Não importa se você tem dinheiro, posição social, eu acho que o ser humano tem que ter um respeito porque até um animal que você tem, você procura um lugarzinho pra enterrar, porque com os nossos entes queridos tem que acontecer isso?", desabafou Maura.
A Prefeitura de Rio Grande da Serra afirmou que abrirá um Processo Administrativo Disciplinar para analisar a conduta dos funcionários que se recusaram a fazer o enterro de Junior. Disse ainda que irá adotar medidas corretivas para que situações como a vivida pela família do rapaz não se repitam.
Fonte: g1
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