Uma vaquejada que aconteceu na localidade Pitombas, na zona rural de Sebastião Barros, município que fica localizado a cerca de 920 km de Teresina, terminou com cerca de 20 bois mortos. De acordo com denúncias feitas por vaqueiros que participaram da competição, o local não oferecia estrutura adequada durante as competições e também no curral de espera - onde os animais ficam quando não ocorre a vaquejada.
Em nota, divulgada nesta quarta-feira (12), a Prefeitura de Sebastião Barros, informou que não houve a morte de 20 animais, que somente um morreu após a corrida e seis quebraram as pernas e tiveram que ser sacrificados, como exige o protocolo regulamentado em lei e que segundo eles, foi obedecido pela organização do evento. A gestão atribui à questão política por ser ano eleitoral.
Um dos competidores que participou da disputa e não quis se identificar disse que a pista tinha pouca areia - o que contribui com que os animais se machuquem.
Na vaquejada, o objetivo é derrubar o boi em uma determinada área demarcada, que deve cair com as patas para cima. Com a quantidade adequada de areia, o risco de quebrar ou fraturar algum osso diminui.
Segundo o vaqueiro, por conta da estrutura inadequada, muitos animais tiveram partes do corpo quebradas e, além disso, eram expostos ao sol na área de descanso, e não estariam recebendo alimentos e água regularmente.
"Isso foi não só por falta de comida e água, e sim também pela irregularidade da pista com pouca areia, fora de condições. O local onde ficavam era inadequado, não tinha sombra, não fornecia água no período certo, nem comida. Hoje a vaquejada tem regras e preza principalmente pelo bem estar dos animais. Quando terminei de correr, não tinha água para lavar o cavalo e para ele beber (...) A pista estava muito irregular, alguns quebravam mão, pé (sic), e aí nem se preocupavam em tomar alguma providencia com esses animais", denunciou.
Segundo os relatos, alguns vaqueiros desistiram de competir por conta da falta de condições adequadas, e outras categorias vencedoras decidiram dividir o prêmio da competição para auxiliar os donos de animais que tiveram prejuízos com a morte dos bois.
Ministério Público vai investigar caso
Na manhã desta quarta-feira(12/6), O promotor de Justiça Luciano Lopes, titular da 1 PJ de Corrente, informa que recebeu a representação acerca do caso dos animais e que e as providências cabíveis já estão sendo tomadas junto aos órgãos responsáveis, declarou ainda que o Delegado Titular da Delegacia Seccional de Corrente Dr. Yure Saulo de Oliveira Aranha já está a par do caso com investigação em andamento. Ainda segundo o representante do Ministério Público, a Adapi será oficiada para prestar esclarecimentos acerca do legalidade do evento.
Com informações do CidadeVerde e Revist AZ
Comentários
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião desta página, se achar algo que viole os termos de uso, denuncie.