
A presidente da Câmara de Lagoa de São Francisco, município localizado no norte do Piauí, decidiu cortar a transmissão das sessões legislativas, o que tem sido interpretado como uma forma de blindar o prefeito, João Arilson.
Segundo os vereadores de oposição, os mesmo foram surpreendidos com o anúncio do cancelamento das transmissões, feito pela presidente da câmera, Marcela Costa. De acordo com o vereador Claudio Galvão, a decisão interrompe tanto a transmissão via rádio comunitária quanto a exibição nas redes sociais, sob a justificativa de falta de recursos para custear o serviço.
Um levantamento feito pelos vereadores, no dia 20 deste mês, a Câmara recebeu R$ 89.946,34 (Oitenta e nove mil, novecentos e quarenta e seis reais e trinta e quatro centavos). Ainda segundo Galvão, após o pagamento dos subsídios dos vereadores de R$ 47.745,51 (Quarenta e sete mil, setecentos e quarenta e cinco reais e cinquenta e um centavos) e dos funcionários R$ 11.974,54 (Onze mil, novecentos e setenta e quatro reais e cinquenta e quatro centavos), restariam R$ 30.666,05 (Trinta mil, seiscentos e sessenta e seis reais e cinco centavos).
"Ela alegou que precisaria pagar o contador, pagar advogado, mas isso não justifica deixar de fazer essas transmissões. Tem várias famílias na cidade, e tem a zona rural, onde o povo não consegue comparecer às sessões da câmera", argumentou o vereador.
O Campo Maior em Foco entrou em contato com a presidente da Câmara para obter esclarecimentos, mas, até o fechamento desta reportagem, não obteve resposta. O espaço segue aberto para manifestações.
O prefeito João Arilson já disse ao Em Foco, em matérias anteriores, que não responde a questionamentos de jornalistas sobre denúncias contra seu governo.
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