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  01:18

Polícia Federal descobre esquema que pretendia fraudar eleições no norte do Piauí

Os criminosos diziam ter contato com uma empresa que atualiza o software das urnas eletrônicas e cobrariam R$ 5 milhões

 Foto: Reprodução

A Polícia Federal deflagrou hoje (13) a Operação Clístenes, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa que prometia fraudar urnas eletrônicas nas eleições municipais de 2016. Durante a investigação, um mandado de condução coercitiva foi cumprido no município piauiense de Piripiri.

 

Ao todo, foram cumpridos 3 mandados de prisão preventiva, sendo 2 em Brasília e um em Xangri-lá, no Rio Grande do Sul;  2 mandados de condução coercitiva em Xangri-lá/RS e Canoas/RS; e 5 mandados de busca e apreensão em Canoas/RS, Xangri-lá/RS, Goiânia/GO e mais dois em Brasília.

 

A denúncia partiu de um prefeito de município da região metropolitana de Porto Alegre. Os criminosos diziam ter contato com uma empresa que atualiza o software das urnas eletrônicas e cobrariam R$ 5 milhões para, supostamente, fraudar a eleição para prefeito e R$ 600 mil para, supostamente, fraudar a eleição para vereador.

 

Após o cumprimento dos mandados, realizado hoje, constatou-se tratar de estelionato, pois não há indícios de que os criminosos realmente poderiam obter êxito em fraudar as urnas eletrônicas e nem mesmo teriam contato com a empresa de atualização de software.


Segundo a Secretária de Tecnologia da Informação do TRE-RS, a urna eletrônica possui mecanismos de segurança que garantem que somente os programas gerados na cerimônia de lacração, única oportunidade em que a chave de assinatura oficial dos sistemas é utilizada, possam ser executados com status de aplicação oficial. Nessa oportunidade, os programas são inspecionados, fazendo com que não haja como alguém gerar um programa malicioso para fraudar a eleição.

 

Os presos responderão pelos crimes de estelionato e organização criminosa, cujas penas variam de quatro a treze anos de reclusão e serão encaminhados ao sistema prisional, onde permanecerão à disposição da Justiça Eleitoral.

 

O nome da operação faz referência a Clístenes, político grego antigo que levou adiante a obra de Sólon e, como este último, é considerado um dos pais da democracia.

 

Fonte: Polícia Federal 

Por Otávio Neto

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