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  04:46

"Bom poder existir sem ter de estar no Faustão", diz Samuel Rosa

"Na hora que eu vejo um Faustão habitado por Luan Santana e Wesley Safadão, penso: Caramba, onde o Skank entraria? Será que nos reconheceriam?", indaga-se o músico, longe dos holofotes, em entrevista.

 

Muita coisa mudou desde que o Skank lançou seu foguete "Samba Poconé", em 1996. O Brasil ainda era tetra, o sertanejo estava longe do topo e o PSDB comandava a Presidência da República. Mais: mamilos femininos se faziam onipresentes em nossa cultura pop.

 

Saudade? Você pode substituí-la por um show do Skank, por exemplo. A banda está em turnê tocando nove das onze faixas de seu álbum mais famoso. Neste sábado, (26) passa por São Paulo, com show no Audio Club. O "pacote revival" inclui também o recente relançamento do disco em CD triplo, recheado de versões alternativas das músicas.

 

Todo esse clima de nostalgia, no entanto, não contamina Samuel Rosa. Os tempos são outros. "Na hora que eu vejo um Faustão habitado por Luan Santana e Wesley Safadão, penso: Caramba, onde o Skank entraria? Será que nos reconheceriam?", indaga-se o músico, longe dos holofotes, em entrevista.

 

Hoje, Samuel Rosa tem apego a pequenos e novos prazeres como músico. Um deles é perceber que seu público é menor e, segundo ele, muito mais interessado. "Acho que minha música tem algo a dizer e é relevante. Mas, na impossibilidade de estar na mídia, que bom poder continuar existindo", afirma.

 

O que "não existe" para ele são as bandas de rock nacionais. Ao menos as que demonstram uma mínima parcela de autenticidade. "Vamos partir de que o rock seja sinônimo de transgressão, criatividade, loucura. Então, eu vejo muito mais rockn roll em Miles Davis, que é um artista de jazz, do que em muita banda de rock brasileira", define o vocalista, que se diz alheio a rótulos.

 

Fonte: UOL

Por Helder Felipe

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