Facebook
  RSS
  Whatsapp

  11:39

Veja como cada deputado federal pelo Piauí votou em projeto que muda contratação de empregados

Entre os pontos polêmicos, projeto acaba com obrigatoriedade de empresas terceirizadas ter um mínimo de caixa que garanta pagar os direitos trabalhista do empregado

 Veja como cada deputado votou no projeto que permite toda empresa, pública ou privada, contratar serviços terceirizados em todos os setores

A coisa não anda em Brasília e os deputados e senadores tomam decisões equivocadas? A culpa é do eleitor que botou e vai continuar botando os mesmos lá. Na polêmica proposta aprovada que regulariza a terceirização da mão de obra em todos os setores de produção, aprovada na noite de ontem, quarta-feira (22/03) pela Câmara dos deputados, a vitória do governo foi folgada.

 

Dos dez deputados federais pelo Piauí, dois [Heráclito Fortes (PSD) e Marcelo castro (PMDB) não votaram] um [Assis Carvalho (PT)] votou contra, mas sete votaram como queria o governo.

 

Assis Carvalo PT Não
Átila Lira   PSB Sim
Iracema Portella  PP Sim
Júlio Cesar PSD Sim
Maia Filho  PP Sim
Paes Landim PTB Sim
Rodrigo Martins PSB Sim
Silas Freire  PR Sim
Heráclito Fortes PSD Ausente
Marcelo Castro  PMDB Ausente


 

ENTEDNA O QUE MUDA NA VIDA DO TRABALHADOR COM O PROJETO DO TEMER

Aprovado na noite desta quarta-feira (22), na Câmara dos Deputados, o Projeto de Lei (PL) 4.302/1998, de autoria do Executivo, tem como principal mudança a permissão das empresas para terceirizar quaisquer atividades, não apenas atividades acessórias da empresa, como revia a lei anterior em vigor. Não existia uma lei específica e o tema vem sendo regulado pelo Tribunal Superior do Trabalho, através da súmula 331, de 2003. 

 

VEJA OS PONTOS

Atualmente, jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho (TSE) proíbe terceirizar atividade-fim da empresa. Por exemplo, um banco não pode terceirizar os atendentes do caixa, um colégio não pode terceirizar professores, mas agora vai poder. Pela regra atual, só atividades-meio, como limpeza, manutenção e vigilância, por exemplo, seriam passíveis de terceirização.

 

Exceção no serviço público
No caso do serviço público, a exceção da terceirização será para atividades que são exercidas por carreiras de Estado, como juízes, promotores, procuradores, auditores, fiscais e policiais. Outras funções, mesmo que ligadas a atividade-fim, como professor, vigias, administrativos, médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, poderão ser terceirizadas em órgãos públicos.

 

Trabalho temporário
O texto também muda aspectos do trabalho temporário, aumentando de três para seis meses, prorrogável por mais 90 dias, ou seja, até nove meses. Os temporários terão mesmo serviço de saúde e auxílio alimentação dos funcionários regulares, além da mesma jornada e salário, porém, como é temporário, não terão direito trabalhista algum quando deixarem a empresa. O texto aprovado inclui também, neste item, a possibilidade de contratação de temporários para substituir grevistas, se a greve for declarada abusiva ou houver paralisação de serviços essenciais.

 

Direitos dos trabalhadores terceirizados

O projeto regulamentou ainda a responsabilidade "subsidiária" da empresa contratante por débitos trabalhistas e previdenciários dos trabalhadores terceirizados, como acontece hoje. Ou seja, a contratante [empresa que terceirizou o serviço] só será acionada pelo emprego para arcar com essas despesas depois de esgotada todas as instancias judiciais. Ou seja, o trabalhador nunca conseguirá acionar judicialmente a empresa que terceirizou o serviço para cobrar os seus direitos. O trabalhador, na verdade, não terá nenhum vínculo de emprego com a empresa a qual ele presta serviço, mas com a terceirizada. Antes, a lei exigia que 4% do valor do contrato fosse retido como garantia do cumprimento dos direitos trabalhistas e das exigências previdenciárias. Acabou isso.

 

A lei anterior estabelecia que o trabalhador terceirizado poderia cobrar o pagamento de direitos trabalhistas tanto da empresa que terceiriza quanto da tomadora de serviços, a chamada responsabilidade solidária. 

 

Da Redação. campomaioremfoco@hotmail.com

Mais de Política