A foto do pequeno Aylan Kurdi, de apenas 3 anos, morto em naufrágio na costa da Turquia, quanda, em companhia dos pais, tentava fugir das perseguições do Estado Islâmico, grupo terrorista que mata, queima e faz todas as atrocidades com a população na Síria, pode virar o símbolo de uma tragédia humanitária que já acontece há anos naquela país, sendo que as potências mundiais e a Organização das Nações Unida fingem não ver. Pouco se mostrou, mas além de Ayla, mais cinco crianças morreram no mesmo naufrágio. O site thefrontliner.net divulgou fotos das outras cinco crianças vítimas. Uma das vítimas é Galip, de 5 anos, irmão de Aylan.
Na mesma tragédia, que se repete, morreram também a mãe dos dois garotos, completando a lista de 12 vítimas fatais.
Desespero
Abdulá Kurdi, o pai do menino afogado, relatou a tragédia: “A guarda costeira [turca] nos deteve e depois nos soltou. Nós mesmos conseguimos um bote e começamos a remar em direção a Kos”, explicou. “Depois que nos distanciamos uns 500 metros da costa, começou a entrar água no bote e nossos pés ficaram molhados. O pânico aumentava à medida que a água subia. Alguns ficaram de pé, e o bote virou. Eu segurava minha mulher com a mão. As mãos dos meus filhos se soltaram das minhas. Tentamos ficar no bote, mas quase não tínhamos ar. Todo mundo gritava na escuridão. Eu não conseguia que minha esposa e meus filhos ouvissem minha voz”.
Fotos do pequeno Aylan Kurdi sem vida em uma praia da Turquia fez o mundo chorar, mas ninguem (potências mundiasi e ONU) se manisfestou sobre o problema até agora (divulgação).
“Quero que o mundo inteiro nos escute da Turquia, aonde chegamos fugindo da guerra da Síria. Estou sofrendo muito. Depois do que ocorreu, não quero ir. Vou levar os corpos primeiro a Suruç [cidade turca na fronteira com a Síria] e depois a Kobani [Síria]. Passarei o resto da minha vida ali”, afirmou.
Asilo no Canadá.
Aylan e sua família eram de Kobane, a cidade que ganhou notoriedade por ter sido palco de violentas batalhas entre militantes extremistas muçulmanos e forças curdas no início do ano. O menino refugiado de três anos cujo afogamento causou consternação ao redor do mundo, tinha escapado das atrocidades do grupo autointitulado “Estado Islâmico” na Síria.
Abdulá Kurdi com os dois filhos
Da Redação. campomaioremfoco@hotmail.com
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