O Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional do Piauí (Crefito 14) realizou, nesse sábado (24/02), fiscalização no Hospital Regional Chagas Rodrigues, em Piripiri. Foram encontradas diversas irregularidades no que diz respeito ao cumprimento das normas de Fisioterapia.
“Nós estabelecemos um prazo de 30 dias para que o hospital regularize todas as infrações e, em caso de não cumprimento, o Conselho comunicará a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Ministério Público do Piauí para que tomem as providências cabíveis”, informa a agente fiscal, Grazielle Assunção.
Durante o procedimento, foi verificada a escala de fisioterapeutas no hospital. Na Unidade de Terapia Intensiva Adulto (UTI) existem seis profissionais e na enfermaria apenas dois, o que acarreta no deslocamento do profissional fisioterapeuta que está no plantão da UTI para atendimento na enfermaria, o que se configura como negligência aos pacientes que, na ausência do profissional, podem sofrer intercorrências com agravo do quadro clínico ou até mesmo óbito.
Quanto aos aparelhos de ventilação mecânica, utilizados quando o paciente não consegue respirar espontaneamente por vias normais, foi averiguada a falta de manutenção e precariedade de alguns aparelhos, que se encontravam remendados com esparadrapo e em desuso por falta de circuito ventilatório.
Devido à inexistência de UTI Neonatal, que ainda não foi inaugurada por falta de equipamentos, recém-nascidos são encaminhados para a UTI Adulto quando precisam de suporte ventilatório artificial, podendo levar ao óbito do recém-nascido que não possui sistema imunológico totalmente formado. Foi verificada, ainda, a ausência de profissional fisioterapeuta no pronto-socorro, também acarretando no impróprio deslocamento do fisioterapeuta de UTI.
Segundo o presidente do Crefito 14, Marcelino Martins, “o Conselho está cumprindo com a sua obrigação de órgão fiscalizador e, mais que isso, comprometido com o bem-estar da comunidade. Por isso, tomaremos todas as medidas necessárias para que sejam cumpridas todas as normas, a fim de que a população tenha assegurado seu direito a um atendimento de qualidade. Então, assim, esperamos que a administração do hospital e a Secretaria de Estado da Saúde cumpram com as determinações da Anvisa e da Organização Mundial de Saúde (OMS)”, finaliza.
Da Redação
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