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  05:34

Obra de ponte e asfalto de R$ 26 milhões, iniciada há 7 anos, isola municípios no interior do Piauí

 Fonte: Reprodução TV Globo

Moradores de uma pequena cidade do Piauí estão praticamente isolados. É que a ponte que dá acesso ao município precisa ser concluída.

A rodovia está em obra desde 2011. Pelo o contrato, seriam asfaltados 78 quilômetros da estrada que liga as cidades de São Lourenço do Piauí a Dom Inocêncio, no interior do estado. Mas durante esses sete anos, quem passa pelo local encontra menos de 20 quilômetros com asfalto e uma ponte inacabada.

Essa é uma obra que os moradores da região aguardam há mais de duas décadas. O povo do local até ficou animado quando viu a ponte toda erguida, só que essa alegria durou pouco, porque em dezembro de 2017 a obra parou, aí para ter acesso à ponte, só improvisando.

No meio da viagem é preciso fazer uma baldeação. O carro para de um lado da ponte e os passageiros precisam atravessar a pé. “A gente se sente excluído, porque começaram essa estrada e não terminaram”, conta Diana Dias de Castro, agente comunitária de saúde.

Uma dificuldade ainda maior para quem está doente. Antônio quebrou a perna e está voltando do hospital em Teresina, a 640 quilômetros. Além da longa viagem, ele ainda precisa enfrentar esse obstáculo para chegar em casa.

O servente Antônio Cirino diz que é cansativo e perigoso. "Porque é muito difícil, subir assim e descer sem ter nenhuma segurança é muito complicado. É muita falta de respeito com o cidadão. Não importa, o governo que já era para ter construído a rodovia há muito tempo".

A reportagem mostra o único jeito de abastecer a população da cidade, mas atravessar o rio só é possível quando o nível da água está mais baixo. Uma travessia arriscada e perigosa.

De acordo com o governo, a obra está orçada em R$ 26 milhões e a última paralisação aconteceu por falta de dinheiro e ainda não há previsão de quando a estrada vai ser concluída.

"Sentimos aqui como se fosse mesmo um cantinho do Brasil, do Piauí, que existe, mas que ao mesmo tempo é esquecido pelos governantes que deixam chegar a esse ponto”, afirma Edivarde Dias de Sousa, motorista.

Da Redação

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