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Assédio sexual afeta uma em cada quatro universitárias dos EUA

Estudo de associação feito com 27 universidades foi divulgado nesta terça. Porcentagem aumenta em relação a assédio contra as transexuais.

 Diversas universidades são acusadas de ignorar casos de abusos nos EUA (Foto: AP)

Quase uma em cada quatro mulheres que frequentam as universidades dos Estados Unidos já foi vítima de assédio sexual – é o que mostra um estudo publicado nesta terça-feira (22). Os resultados apoiam o que outros estudos já haviam mostrado previamente: uma preponderância semelhante de casos de assédio que variam de toque indesejado ao estupro.

 

A nova pesquisa, lançada pela Association of American Universities (Associação de Universidades Norte-americanas, ndlr), encontrou que 23,1% das universitárias americanas foi submetida a contato sexual a força ou enquanto incapacitada.

 

A porcentagem aumenta para 29,5% entre estudantes que se identificam como "transgêneras, não-binárias, não-conformes ou alguma identidade não listada no questionário" (TGQN, na sigla em inglês).

 

Em termos de penetração a força ou enquanto a vítima estava incapacitada, considerado o tipo mais sério de assédio sexual, o grupo TGQN teve o pior percentual, com 12,4%, seguido por universitárias mulheres cisgêneras (que se identificam com o gênero que lhes foi determinado no nascimento, ndlr), com 10,8%.

 

27 universidades

O estudo foi conduzido em 27 universidades dos Estados Unidos, e algumas das taxas mais elevadas de assédio sexual foram observadas nas prestigiosas Yale, University of Michigan e Harvard.

 

Diversos estudos anteriores mostraram uma taxa de assédio sexual nos campi de aproximadamente uma em cada cinco mulheres, mas comparações entre as universidades eram difíceis devido a definições de assédio e suspeitas de vieses de auto-avaliação.

 

O estudo da AAU corrobora estas pesquisas anteriores e oferece um panorama geral sobre a gravidade da epidemia de crimes sexuais nas universidades dos Estados Unidos.

 

Os autores destes ataques dificilmente são incriminados pela polícia ou pelas autoridades universitárias - apenas cinco em 28% dos casos. A Casa Branca vem liderando uma campanha que pede mudanças nestes comportamentos, e no ano passado iniciou uma força-tarefa contra crimes sexuais nas universidades.

 

O estado da Califórnia aprovou, também no ano passado, a lei "sim significa sim", para definir de forma inequívoca qual o nível de consentimento necessário para a atividade sexual ser consensual.

 

Fonte: G1

Por Helder Felipe

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