Após a Croácia eliminar nos pênaltis a anfitriã da Copa, a Rússia, no sábado, conquistando uma vaga para a semifinal, jogadores e membros da comissão técnica do país foram vistos celebrando, aos pulos, com uma mulher. Loira, bonita, vestida de calça vermelha e camisa da seleção, engrossando o coro que cantava um verso patriótico ('chame, apenas chame/todos os falcões /eles darão a vida por você', em tradução livre), ela se destacava nas imagens compartilhadas na internet.
Mas o que muitos não imaginariam, é que se tratava da chefe de Estado do país, a presidente Kolinda Grabar-Kitarovic, de 50 anos.
É justamente o jeito despojado da mandatária, a primeira mulher a comandar a Croácia, que tem chamado a atenção de quem está acompanhando a Copa da Rússia.
Kolinda é uma das autoridades presentes aos jogos que mais atraíram comentários nas redes sociais - justamente por se portar como uma torcedora comum.
A mandatária tirou dias de folga - devidamente descontados de seu salário - para acompanhar algumas partidas da Croácia no Mundial. E, já que não viajou a trabalho, viajou para a Rússia assim como a maioria dos torcedores estrangeiros: em um voo comercial.
QUEM É?
Descrita como populista conservadora, Kolinda Grabar-Kitarovic, do partido União Democrática Croata (HDZ), foi eleita a primeira mandatária mulher do país em 2015, no segundo turno das eleições gerais, ao derrotar o candidato social-democrata e então presidente croata, Ivo Josipovic, com 50,54% dos votos.
Dois anos antes, em 2013, a Croácia, país de 4,1 milhões de habitantes (segundo o Banco Mundial) que declarou independência da antiga Iugoslávia em 1991, havia entrado para a União Europeia.
Antes de se tornar presidente, Kolinda seguia carreira diplomática. Ela foi embaixadora da Croácia em Washington entre 2008 e 2011, ministra para Integração Europeia e ministra das Relações Exteriores.
A presidente é casada e tem um casal de filhos adolescentes.
Considerada da ala moderada de seu partido, a política católica declarou durante sua campanha, em 2014, que daria o seu apoio caso um dos filhos se assumisse como homossexual. Ela também disse que autorizaria o uso medicinal da maconha e que a decisão de fazer um aborto cabe à mulher.
Da Redação
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