Uma capixaba de 28 anos morreu com droga no estômago em um hotel de Lisboa, em Portugal, na segunda-feira (9). As informações foram divulgadas pela Polícia Federal nesta sexta-feira (13/07). Deyse Ricarte transportou a droga de Belo Horizonte, em Minas Gerais, para Portugal, no estômago, mas morreu depois que chegou ao hotel.
Antes de morrer, ela gravou um vídeo onde manda recado para a família. "Acho que vou morrer, amiga. Amiga, fala com minha mãe que eu amo ela, e meu pai. Não vou aguentar”, disse Deyse.
“Você acha que meu rosto está muito inchado? Ou está normal? Acho que vou morrer, amiga. Ai, Senhor, me ajuda. Amiga, fala com minha mãe que eu amo ela, e meu pai. Não vou aguentar”, disse Deyse na gravação.
Segundo o delegado Ramon da Silva, Deyse embarcou no domingo (8), no aeroporto de Belo Horizonte. Ela morreu na madrugada da segunda-feira (9) em um hotel de Lisboa.
A suspeita da polícia é de que Deyse tenha engolido cápsulas de cocaína e uma delas se rompeu no estômago. Ela morreu por overdose.
“Nós estamos acompanhando esse caso. Fizemos levantamentos iniciais e no momento não parece que seja uma quadrilha do Espírito Santo, porque até o passaporte dela é de Minas Gerais”, explicou o delegado Ramon.
Autoridades portuguesas estão investigando a morte da capixaba e depois vão passar as informações para a Polícia Federal brasileira continuar a investigação.
O objetivo é desvendar o esquema criminoso de tráfico internacional de drogas.
“Essa é uma operação de tráfico internacional que não pode se feita por uma pessoa, ela [Deyse] com certeza contou com apoio no Brasil e em Portugal. Nossa suspeita de que a base brasileira esteja em Minas Gerais é por dois fatos: o embarque ocorreu em Minas Gerais, e o passaporte foi emitido recentemente pela Polícia Federal de Minas. Dia 22 de junho foi entregue o passaporte”, disse o delegado.
Ainda de acordo com o delegado, não foi identificado nenhum registro criminal em que Deyse tenha se envolvido com tráfico de entorpecentes.
'Levada para morrer’
A amiga, que preferiu não se identificar, disse que Deyse tinha o sonho de fazer uma cirurgia plástica. Por isso, teria aceitado a proposta de transportar as drogas para a Europa.
“Ela não gostava de droga, ela foi iludida, foi levada para morrer. A pessoa que fez isso com ela, tentou fazer comigo, com amigas minhas. Essa pessoa mandou ela pra lá, falou que ela nunca mais ia precisar trabalhar, fazer programa, que ela ia conseguir levantar o dinheiro para fazer a cirurgia dela”, contou a amiga.
Da Redação
Comentários
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião desta página, se achar algo que viole os termos de uso, denuncie.