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Revista Veja muda chamada sobre o ‘Kit gay’ e troca o nome de Haddad pelo da Dilma

 Revista mudou título de matéria sobre kit polêmico

A polêmica sobre uma possível criação de um “kit gay” continua rendendo. Jair Bolsonaro, candidato a presidência pelo PSL, atribui o kit ao então Ministro da Educação Fernando Haddad, informação contestada pelos organizadores do material que faria parte de um projeto do governo federal chamada "o Brasil sem Homofobia".

Nessa segunda-feira, o ministro Carlos Horbach, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinou a remoção de seis postagens no Facebook e no YouTube em que Bolsonaro faz críticas ao livro "Aparelho Sexual e Cia" e afirma que a obra integraria material a ser distribuído a escolas públicas na época em que Fernando Haddad (PT) comandava o Ministério da Educação.

A revista Veja, prevendo ou não a decisão, modificou no último sábado, dia 13, a chamada de uma matéria de 27 maio 2011 onde afirmava: ““Kit gay” será reformulado e lançado ate fim do ano”, diz Haddad, por: “Governo Dilma: ‘Kit gay’ será reformulado e lançado até fim do ano”. (Veja a matéria no site da Veja)

Título mudou, sendo retirado no nome de Hadda, mas link continua com a descrição original. (https://veja.abril.com.br/educacao/kit-gay-sera-reformulado-e-lancado-ate-fim-do-ano-diz-haddad/)

Movimentos de direitas associam, à revista, uma tentativa de manipulação de informação. A “Veja” mudou o título, mas não alterou o conteúdo. A chamada original ainda é possível ser vista no link na barra de endereço online.

Na própria matéria a revista comunica que “Esta matéria, publicada em maio de 2011, foi atualizada no dia 13 de agosto de 2018 para a inclusão no título da expressão “Governo Dilma”, mas não cita o motivo.

SOBRE O KIT

O livro "Aparelho Sexual e Cia", publicado pela Companhia das Letras e, segundo a revista super interessante, é um conteúdo infantil escrita pela autora francesa Hélène Bruller e o cartunista Zep e por lá tem o titulo “Le Guide du zizi sexuel – ou, simplesmente, o Guia Sexual do Pipi (bingulim)”. Por lá, dizem que o objetivo é “Prepare a Sociedade do futuro”.

No Brasil defensores do material dizem que a cartilha tinha como principal objetivo promover “valores de respeito à paz e à não-discriminação por orientação sexual” e que em nenhuma parte do material contem orientação sexual que justifique a alcunha, chamada por eles de pejorativa, de “kit gay”.

Publicação original francesa

No Brasil, o livro, traduzido, fala de fatos curiosos, responde a perguntas de forma direta sobre sexo, como por exemplo, explicar qual foi o maior bebê que já nasceu, descrever o que é uma ejaculação, e o que é o Kama Sutra.

A cartilha que Bolsonaro apresentou em vídeo e na TV nem faz parte do dos itens do kit “Escola sem homofobia” produzido pela Associação Brasileira de Gays, Lésbicas Travestis e Transexuais (ABGLT). Sim, o material da ABGLT teve apoio do Ministério da Cultura, através de convênio com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), e seria encaminhado as escolas de ensino médio e todo o Brasil, mas foi vetado pela então presidente Dilma. Foram investidos 1,9 milhão de reais no projeto.

Livro que Bolsonaro mostrou não faria parte do Kit, segundo o Ministério da Educação

Além do caderno (VEJA AQUI), o kit tinha ainda um boletim informativo, que não chegou a ser divulgado, e vídeos, já disponíveis na internet.

Da Redação

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