O principal suspeito do ataque é o estudante Vladislav Roslyakov, de 18 anos, que cometeu suicídio em seguida, segundo o Comitê de Investigação da Rússia. As imagens das câmeras de segurança mostram um jovem armado com fuzil chegando ao estabelecimento.
A dinâmica do ataque ainda não está clara. A diretora da escola, Olga Grebennikova, afirmou que o agressor explodiu uma bomba e abriu fogo contra todas as pessoas que cruzaram o seu caminho. "Existem corpos de crianças em todos os lugares ", declarou.
Inicialmente, autoridades locais disseram que as mortes tinham sido provocadas pela explosão de artefato explosivo no refeitório da instituição. Porém, o último comunicado do Comitê de Investigação da Rússia afirma que as vítimas foram mortas a tiros. O agressor foi encontrado morto após ter sido baleado.
"Atualmente há 17 mortos [sem contar o agressor]. A inspeção preliminar dos corpos mostra que foram mortos por tiros", afirma o comitê, que até então só havia mencionado que um “artefato não identificado” tinha deixado vítimas. O comitê é responsável pela investigação dos principais casos criminais na Rússia.
O primeiro-ministro da Crimeia, Serguei Aksionov, afirmou que o suspeito é aluno do quarto ano. “É uma tragédia colossal”, declarou.
As primeiras imagens da televisão mostram as equipes de resgate levando as vítimas para ambulâncias improvisadas no fim desta manhã. "As vítimas são levadas em veículos comuns, em ônibus, ambulâncias. São crianças e trabalhadores", disse um homem coberto de sangue a um canal de TV local.
A maioria das vítimas era estudante da escola técnica. No local, também funciona uma escola vocacional para cerca de 850 adolescentes, de acordo com a BBC. Escolas e pré-escolas da cidade foram esvaziadas após o incidente.
As agências de inteligência russa foram mobilizadas para investigar o crime.
"Os motivos e teorias desta tragédia são minuciosamente investigados. O público será informado sobre os resultados desse esforço das agências de aplicação da lei e serviços especiais", disse o presidente russo, Vladimir Putin.
Kerch é conectada à Rússia por uma ponte que Vladimir Putin inaugurou em maio de 2018. A Crimeia, que pertencia à Ucrânia, foi anexada pela Rússia em 2014, em uma ação que desencadeou várias sanções ocidentais.
Por Fábio Wellington
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