Mais de 100 turmas de universitários correm o risco de ficar sem as solenidades de formatura no Piauí. Isso porque a empresa contratada para organizar as festividades anunciou na segunda-feira (26) que pediu falência judicial. O anúncio deixou muitos estudantes apreensivos e com medo de não terem a tão sonhada festa de formatura.
A empresa fez o anúncio em seu perfil no Instagram e disse que devido à crise financeira não tem condições de arcar com as despesas das 108 turmas que mantém contratados assinados.
O advogado Menezes chaves representante legal da empresa informou que somente os eventos agendados até o dia 8 de dezembro serão realizados e os demais irão depender da decisão da justiça.
“Os contratos da empresa passaram por auditoria, onde foi constatado que mais de 90% dos contratos estão inadimplentes. Desta forma, houve quebra de contrato por parte dos estudantes e eles não podem requerer que a empresa cumpra a parte dela, pois eles já descumpriram a parte deles que foram os pagamentos”, explicou o advogado.
Menezes diz ainda que o Código Civil não obriga a empresa a cumprir se a outra parte já descumpriu. No entanto, ainda há uma previsão para a realização dos eventos, caso o juiz decida por uma concordata ou pela uma recuperação judicial.
“O magistrado é quem vai decidir se aceita o pedido de falência e indeniza alguém, mas para que isso aconteça é necessário que alunos, funcionários e fornecedores enviem um email informando seus créditos. Nós temos o nosso levantamento, porém é necessário este procedimento para que o juiz se posicione”, destacou Menezes.
Menezes tenta acalmar os estudantes afirmando que a empresa agiu com responsabilidade fazendo o pedido de falência quando ainda possui bens que possam ser usados no ressarcimento.
“A empresa foi mal gerida porque manteve padrões de festas mesmos quando turmas não cumpriam com contratos. E o resultado disso é esta situação. Agora, é esperar o parecer da justiça, pois fizemos isso quando a empresa ainda tem alguns bens, se o pedido tivesse sido feito só daqui a seis meses haveria um risco muito grande não arcar com nenhuma despesa”, justificou.
Fonte: G1
Da Redação
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