O presidente da Cepisa, Nonato Castro, rebateu as críticas quanto ao valor simbólico de R$ 50 mil, pago no leilão da distribuidora de energia do Estado. Segundo ele, ao comprar a Eletrobras Piauí, a Equatorial assumiu uma dívida de R$ 2,5 bilhões e ainda terá que devolver R$ 81 milhões ao governo federal por irregularidades na aplicação dos recursos do Programa Luz Para Todos.
"Esse valor de R$ 81 milhões foi enviado para ser investido no Programa Luz Para Todos e não foi utilizado no programa, mas em outras coisas, outras finalidades. Por causa disso, terá que ser devolvido", explicou o gestor, em reunião com o Grupo Cidade Verde, nesta semana.
O programa social Luz Para Todos foi criado em 2003, com o objetivo de levar energia elétrica às regiões rurais e/ou às casas que ainda não a tinham. A iniciativa é coordenada pelo Ministério de Minas e Energia, operacionalizada pela Eletrobrás e executada pelas concessionárias de energia elétrica em parceria com os governos estaduais.
Nonato Castro destacou ainda que o custo da energia é de R$ 64 milhões/mês e que tem planos de modernizar os serviços ao consumidor, permitindo, por exemplo, que o cliente possa retirar a 2ª via das contas pela internet e até fazer as negociações mais simples.
Gambiarras
Segundo o presidente, a empresa perderá cerca de R$ 70 milhões por ano se não forem retiradas as gambiarras (gatos de energia) do sistema. "Estamos fazendo um trabalho de fiscalização e hoje em dia já existem aparelhos que detectam
se o consumo de energia de determinada área está de acordo com o que foi registrado. Como cada área tem cerca de 200 consumidores, não é tão difícil descobrir onde há irregularidades", explica o gestor.
Outro problema criticado por ele é que ainda há, no Piauí, muitos medidores nas áreas internas das residências, o que é proibido por lei. "Temos um plano para externalizar os medidores, vamos dividir esse valor na conta, em pequenas prestações, de poucos reais", acrescentou.
Por Fábio Wellington
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