Luiz Gustavo tem o perfil que Dunga sempre fala: de um líder sem a faixa de capitão. O volante normalmente se destaca pelas entrevistas que concede. Neste sábado (10), foi a vez de o volante do Wolfsburg afirmar que a seleção brasileira precisa reconhecer que perdeu o respeito dos adversários para poder crescer.
O atleta afirmou que o futebol mundial tem evoluído bastante e que o primeiro passo para que a credibilidade volte é admitir que o Brasil não impõe o medo que chegou a impor. Nesta terça-feira (13), é a vez de o país encarar a Venezuela pela segunda rodada das Eliminatórias, cinco dias após perder para o Chile por 2 a 0 em Santiago.
"A gente percebe (que os adversários tentam vencer o Brasil com mais vontade) pelas dificuldades que a gente tem encontrado. Isso aumentou muito. O que aconteceu na Copa (7 a 1 para a Alemanha na semifinal) tem um fator importante nisso tudo. Em várias situações, temos de aceitar isso e reconhecer que as dificuldades aumentaram. Só assim a gente vai evoluir e aumentar o nosso futebol", reconheceu.
Luiz ainda falou da falta de apelo que a seleção tem causado desde o vexame no Mineirão. Segundo ele, é normal ver o povo brasileiro com menos vontade de acompanhar os jogos da seleção.
"Como eu já falei, nós temos de ser humildes e reconhecer essa cobrança, essa desilusão e essa insatisfação com a seleção em geral. O que precisamos saber é que nós, jogadores, somos capazes de botar e colocar novos rumos para essa camisa. No nosso primeiro jogo no Brasil, já estamos vindo de uma situação delicada, mas estamos fechados e unidos para fazer um grande jogo", completou.
Ao mesmo tempo que o Brasil tem ido mal em competições oficiais, como a eliminação na Copa América e a primeira derrota na história do país na estreia de uma Eliminatória, em amistosos, a seleção de Dunga pode se gabar de um desempenho de 100%. Isso, no entanto, não altera em nada a credibilidade do país, como observou Marcelo.
O lateral esquerdo do Real Madrid admitiu que só vitórias e triunfos que tenham validade para alguma coisa poderão recuperar o prestígio do país.
"Não sei te explicar exatamente o que acontece, se é os jogadores que transformam. A gente vai para cada jogo como se fosse final. Amistoso ou não queremos ganhar sempre. Sempre brincamos que na seleção não tem amistoso, que jogamos todos para ganhar. É chato porque no amistoso que não vale nada (fazendo gesto de entre aspas com a mão). É como se fosse um treinamento e no jogo de verdade a gente deixa a desejar", finalizou.
O Brasil faz o primeiro treino em casa neste sábado, no Estádio Presidente Vargas, já sem os cortados Marcelo Grohe e David Luiz.
Fonte: UOL
Por Helder Felipe
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