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PM suspeito de matar homem após ameaças em grupo de WhatsApp vai a júri popular

 Fonte: G1 / Foto: Reprodução

O policial militar Tertulino Luís de Carvalho vai a júri popular pelo homicídio de Rodrigo Magalhães de Brito, em outubro de 2018, na cidade de Piracuruca, Norte do Piauí. Em decisão divulgada neste mês, o juiz Valdemir Ferreira Santos, da Central de Inquéritos de Teresina, retirou da Justiça Militar a responsabilidade do caso atendendo a uma manifestação do Ministério Público (MP).

De acordo com a decisão, compete à Justiça Militar processar e julgar os militares por crimes e ações judiciais contra atos disciplinares militares, mas como "neste caso a vítima foi um civil, cabe ao juízo comum julgá-lo". Resta à Justiça Militar decidir apenas sobre a perda do posto e da patente do oficial, caso julgue necessário.

Ainda não há data marcada para o julgamento do policial militar. O inquérito policial concluiu que Tertulino Luís agiu em legítima defesa. “A vítima portava uma espingarda durante a abordagem do policial e apontou a arma para ele”, informou o delegado Hugo de Alcântara. Entretanto, o Ministério Público entendeu de forma adversa.

Segundo a Polícia Civil, o desentendimento entre o policial militar e a vítima começou em um grupo de WhatsApp após a repercussão de um vídeo em que Rodrigo Magalhães aparece dentro de um veículo segurando uma arma para cima, na noite do dia 28 de outubro de 2018.

Após receber críticas pela atitude, a vítima teria ameaçado vários membros do grupo. O policial então quis que o homem informasse a ele onde estava. O diálogo aconteceu horas antes do crime, no dia 29 de outubro, e foi analisado pela polícia.

Conforme a polícia, o militar foi seguido por Rodrigo e usou o próprio carro para forçar a parada dele. Eles então teriam discutido e o policial atirou duas vezes contra Rodrigo, que morreu após ser atingido na região do peito.

Na época, testemunhas relataram à polícia terem ouvido o policial solicitar que a vítima largasse a arma que portava. De acordo com a Polícia Civil, Rodrigo chegou a tentar efetuar um disparo contra o policial, mas a arma falhou.

Fábio Wellington

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