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Universitário agride árbitra em jogo de futsal e campanha pede que estudante seja expulso do curso

 Fonte: G1

Uma árbitra, identificada como Eliete Maria Fontenele, foi agredida a socos durante uma partida de futsal na noite de segunda-feira (03/06) na cidade de Parnaíba. O evento estava acontecendo no Campus Ministro Reis Velloso, na Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPar) e o agressor, identificado por Rodrigo Quixaba, de 30 anos, é estudante do curso de engenharia de pesca do campus de Parnaíba e fugiu logo após o crime.

Eliete era a segunda árbitra da partida quando os dois times se desentenderam e atletas adversários passaram a se agredir. A árbitra então puniu três jogadores com cartão vermelho. Um deles atacou a árbitra a socos.

O vídeo, feito por outro aluno que assistia à partida, registra o momento em que o suspeito desfere três socos contra o rosto da árbitra, que cai no chão. Eliete Maria teve o lábio cortado. A árbitra se dirigiu para a Central de Flagrantes onde denunciou o ocorrido e passou por exame de corpo de delito.

"Eu estava com o cartão e ele bateu na minha mão. No momento em que ele bate na minha mão, se eu não puxasse o cartão para ele, ia perder minha autoridade toda do jogo. Aí eu puxei e dei o vermelho [para ele] também. No momento em que eu dei o vermelho, ele me puxou e eu dei um passo. O primeiro [soco] desviou, mas o segundo e terceiro que foram fortes, que quando ele me deu eu caí no chão”, relatou Eliete.

Boletim de ocorrência
O suspeito fugiu do campus da UFDPar logo após a agressão. Eliete buscou a Central de Flagrantes de Parnaíba logo após o ocorrido para registrar um boletim de ocorrência. A delegada Fernanda Novaes informou que solicitou um exame de corpo de delito, que vai determinar as próximas ações da Polícia Civil.

"Caso seja apontada apenas uma lesão leve, será lavrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência [TCO], que não demanda pedido de prisão. Já caso haja uma lesão grave ou gravíssima decorrente dessa agressão, será aberto inquérito policial e poderá ser pedida a prisão do suspeito. Tudo vai depender do resultado do laudo", explicou.

'Quero respeito e segurança'
Eliete, que é árbitra há mais de 20 anos, conta ter sido a primeira vez que foi vítima de agressão dentro de quadra. Ela reforça a importância de denunciar esse tipo de crime, e pede por justiça.

“O recado que eu posso deixar é: quando for agredido árbitro ou qualquer mulher, nunca deixe de vir denunciar, porque é a melhor coisa. Você fica com a alma limpa, porque se eu não fizesse isso, eu não ia dormir. Porque eu ia ficar com medo de andar nos lugares. Eu tenho minha vida também, que eu vivo, e aí eu não posso afetar isso. Mas quero também respeito para mim e segurança. Eu quero justiça”, disse.

A UFDPar lançou uma nota de repúdio e disse que um processo de sindicância será instaurado para que as providências sejam tomadas. Leia a íntegra da nota no final da matéria.

Repercussão
O caso teve ampla repercussão nas redes sociais. O vídeo foi compartilhado por famosos e a palavra "UFPI" foi parar nos assuntos mais comentados do Twitter. Anteriormente, a UFDPar fazia parte da Universidade Federal do Piauí e foi criada em 2018, surgindo a partir de um campus da instituição na cidade de Parnaíba.

Uma campanha pedindo a expulsão do estudante suspeito de ser o agressor foi iniciada por alunos do Campus e compartilhada por famosos, incluindo a apresentadora Maísa. Um ato foi marcado no auditório da Instituição, para reiterar o pedido de expulsão.

Da Redação

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