O Irã anunciou que derrubou um avião não-tripulado dos Estados Unidos perto do Estreito de Ormuz, que é uma passagem importante na rota de petroleiros que saem do Oriente Médio e foi o local onde navios foram atacados no último mês.
O drone não era de ataque, mas, sim, de vigilância.
O canal de TV "ABC News" confirmou o incidente com um funcionário norte-americano.
De acordo com a emissora, trata-se de um MQ-4C Triton, que foi atingindo por um míssil.
EUA e Irã discutem sobre localização do drone na hora do abate
Ele entrou no espaço aéreo iraniano de madrugada e sobrevoava uma região no sul do país, disse a Guarda Revolucionária, o corpo de elite do exército do Irã que derrubou o drone.
A aeronave não-tripulada violou o espaço aéreo do Irã, de acordo com os Guardiões da Revolução. A Guarda é apontada pelos EUA como um grupo terrorista.
O exército americano contestou os iranianos. "As informações iranianas segundo as quais o aparelho sobrevoava o Irã são falsas", assinalou o Pentágono (apelido do prédio onde o comando do exército dos EUA é sediado).
"Trata-se de um ataque injustificado a um aparelho de vigilância americano no espaço aéreo internacional", disse Bill Urban, porta-voz da marinha.
Cerca de um quinto do petróleo mundial precisa passar pelo Estreito de Ormuz.
A derrubada do drone é mais um incidente da escalada de tensão entre o Irã e os EUA.
Dois petroleiros foram atacados há uma semana na região. Os EUA acusaram o Irã de estar por trás dos incidentes. O exército americano tornou público um vídeo que, segundo eles, mostra iranianos tirando explosivos não detonados do casco de um navio –o que seria uma forma de impedir a identificação dos autores do ataque.
Washington decidiu enviar mais tropas e fortalecer sua instalação militar de navios e mísseis no Golfo Pérsico.
Fábio Wellington
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