Para abrir a nossa coluna escolhi falar de um dos temas mais emblemáticos do universo feminino, a violência que as mulheres sofrem de seus próprios companheiros e ou ex-companheiros. Todos os dias lemos nos jornais ou sites de que mulheres foram mortas ou sofreram algum tipo de abuso. Eu observo ao meu redor pessoas que são rotuladas como bons pais, bons amigos e que entre quatro paredes tornam-se animais e batem em suas companheiras. 

Eu acredito sim na redenção de alguns, mas acredito também que devemos nos policiar e pular fora do barco, mesmo com medo de nos afogarmos. Muitas mulheres morrem, porque não têm coragem de denunciar quem as agride, porque acreditam que a pessoa irá mudar com o tempo, porque creem num amor que não existe. Não consigo assimilar a palavra amor com chutes e pontapés, não consigo acreditar que alguém que ame tenha coragem de dar um soco na pessoa. É inimaginável.

Mulheres, amigas do coração, não deixem que um amor doentio seja uma prisão para vocês e não deixe que os companheiros de vocês sejam os carcereiros. Sei que algumas têm medo da separação por causa de seus filhos, por medo de não conseguirem criá-los. Mas eu digo uma coisa: vocês conseguem, vocês são fortes por natureza. E pensem: será que meu filho merece crescer rodeado de tantas brigas e ódio? Sempre ouvi dizer que a casa dos pais é uma escola para os filhos. É esse tipo de escola que vocês desejam matricular seus filhos?