Não precisa ser famosa para denunciar
O “Fantástico”, da TV Globo, revelou no programa de domingo (03/07) uma imagem da modelo e atriz Luiza Brunet, de 54 anos, com o olho roxo. Segundo Luiza, o hematoma é consequência de um soco dado pelo seu ex-namorado, o empresário Lirio Parisotto, durante uma briga do casal, em Nova York, no último dia 21 de maio.
Para uma mulher, o mundo é mais perigoso. Existe uma categoria inteira de crimes, de diversos tipos ― psicológicos, sociais, simbólicos, físicos — que são praticados especificamente contra elas. Ou seja, homens e mulheres são vítimas de violência de maneiras diferentes: enquanto eles são as maiores vítimas letais da violência no espaço público, elas são as maiores vítimas da violência doméstica e sexual. E não são raros os casos: cerca de 70% das mulheres sofrem algum tipo de violência no decorrer de sua vida apenas por pertencer ao sexo feminino.
É muita alienação, quem acha que feminismo é sobre impedir a mulher de poder ser ''dona do lar'' acredita nisso porque é um acomodado que não busca ler, se informar, apenas fecha os olhos e mergulha no senso comum.
Feminismo conseguiu, com muito trabalho, desconstruir os destinos de mulher pré-estabelecidos, há dois séculos atrás, por exemplo. Hoje em dia a mulher ocidental pode muito bem escolher se quer se casar. Se quer trabalhar somente em casa, já que ela, aos poucos, ganhou presença no mercado de trabalho extra-doméstico, assim como virou pauta feminista a exploração doméstica através das assimetrias nos relacionamentos, nos quais o trabalho doméstico era/é destinado somente a mulher/esposa, independente se ela trabalha fora ou não. Divisão das tarefas começou a ser pautada, ainda não é uma realidade massificada, mas muitas mulheres já têm consciência que elas não são as únicas que têm obrigação de trabalhar numa casa na qual vivem mais de uma pessoa. É essa a nossa problematização.
Reprodução da TV Globo
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