Vou começar este texto com um clichê que abomino, mas que neste caso se encaixa bem. “No meu tempo”, quando aprendi com minha mãe (entre tapas e beijos) a me relacionar com o mundo, ela me ensinou a cumprir pequenas regrinhas, que seriam indispensáveis para a minha felicidade e o meu sucesso nas relações sociais.

E falo assim, “no meu tempo” porque mesmo não fazendo tanto tempo assim, quase não se usa mais. Não sei por que hoje não se valorizam mais esses pequenos “detalhes” que fazem uma grande diferença na nossa vida. São coisas simples, tão simples que nem valorizamos mais, e que muitas vezes são esquecidas, mas que, quando não  utilizadas fazem uma falta danada.

Estou falando das palavras mágicas, como: Bom Dia, Por Favor, Desculpe, Obrigada, Disponha, Foi um prazer ajudar, dentre outras.

Um dia destes vi um pai dizendo a uma criança que ele não devia pedir desculpas, que isso era coisa de gente frouxa, ou trouxa, sei lá. Fiquei pasma de ver o pai deseducar seu filho. Mas percebo que ele não é o único a não valorizar estes bens não materiais que são a educação e os bons costumes indispensáveis não só nos dias de hoje, mas sempre.

Ora,se são regras do bem viver que não vivenciamos mais, neste caso será por isso que não vivemos bem em sociedade? Será por isso que presenciamos tantos mal entendidos? Tanta violência? Tanta falta de gentileza, e até mesmo tanta falta de educação? Ninguém mais pede desculpas e se pede não é desculpado! E por qualquer bobagem lá se vai uma vida...

Mas como sou uma otimista nata, acredito que podemos ser ainda uma sociedade de pessoas gentis, corteses, solidárias, e por que não, felizes? Não podemos abrir mão destes valores, precisamos levar a sério a prática destes costumes e com o exemplo educar nossas crianças e jovens. Sem esquecer que o mundo é um espelho e reflete sempre o que mostramos a ele.    

A mudança começa em mim e reflete no universo.