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  02:36

Eleitor diz que foi torturado ao devolver dinheiro de venda de votos em Novo Santo Antônio-PI

 André Jane faz acusações contra comerciante e contra um policia

Um homem identificado por André Jane Pereira dos Reis está no centro de uma confusão politica na cidade de Novo Santo Antonio, na Região dos Carnaubais. Após vender 8 votos por R$ 10.000,00, o homem teria voltado atrás e devolvido o dinheiro ao comprador, sendo, segundo ele, torturado e ameaçado.

André contou para a policia que no dia 08 de outubro, por volta das 22:hs procurou um homem identificado por ele por Valcir da Paz, comerciante na cidade, para devolver 1.200,00 referente a parte da venda dos votos. O comprador, indignado com o arrependimento do vendedor, teria sacado uma arma de fogo e começado a fazer ameaças de morte a André, exigindo que o mesmo devolvesse o restante do dinheiro.

Diante de três seguranças, obrigou-o a passar mais R$ 1.200 no cartão de débito de um irmão e entregar sua motocicleta.

Segundo o Boletim de Ocorrência, tudo isso teria acontecido na presença do sargento Bruno, comandante do Grupamento da Polícia Militar de Novo Santo Antonio. O policial ainda teria obrigado o denunciante a gravar um vídeo acusando o candidato Lucivaldo Cabral (MDB) de comprar de votos através de material de construção.

Os votos vendidos e que não serão entregues, pelo visto, seriam para a candidata Eliza Paz (PT), cunhada de Valcir.

O QUE DIZEM A PARTES

A reportagem do Em Foco tentou contato com todos os citados na matéria, mas não conseguiu. O espaço fica aberto para quem foi citado e queria se manifestar. 

Falou com o major Adão Soares, comandante do 21º Batalhão de Polícia no município de Altos, responsável pela área circunscricional de Novo Santo Antonio.

Ele disse que tem conhecimento de que a Corregedoria da Polícia Militar do Piauí baixou uma portaria para apurar um fato em Novo Santo Antonio envolvendo o policial, mas não sabe se está relacionado à denuncia eleitoral citada na matéria.

“O que eu sei é que tem um procedimento aberto pele Corregedoria contra ele, mas não sei o motivo” disse o major Adão.

O Em Foco falou ainda com a assessoria da Corregedoria da PM, mas até a publicação da matéria não havia sido dado resposta sobre os questionamentos.