Desde a quarta-feira (05) a Brigada de combate a incêndios florestais de Assunção do Piauí, juntamente com a Diretora de Meio Ambiente (DIMARH), vem combatendo um incêndio de grandes proporções no território municipal.

A ocorrência começou na na região da Tiririca e se alastrou por muitos quilômetros chegando à região da cacimba grande e cacimba Dantas.

No domingo (16), uma guarnição da Força Nacional de Segurança e outra do Corpo de Bombeiros do Estado do Piauí chegaram para reforçar o trabalho dos brigadistas no combate direto e monitoramento dos focos, segunda-feira (17), foi acionado o grupamento de polícia militar aéreo para o reforço das ações de combate ao incêndio.

Amanhã às ações continuaram e ao longo das ações iremos informar mais sobre os acontecimentos.

Piauí registra segundo maior número de queimadas do Brasil em outubro, segundo Inpe

O número de queimadas registradas no Piauí, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) sofreu um crescimento no mês de setembro, colocando o estado na segunda posição do país com maior número de focos de incêndio.

Segundo o INPE, na primeira quinzena de outubro, do dia 1º ao dia 16, foram registados 3152 focos de incêndio no território piauiense, 14% de todas as queimadas registradas no país no período.

Os incêndios são concentrados na região Sul e Oeste do estado. A maior parte das queimadas aconteceram no território de Baixa Grande do Ribeiro: foram 189 focos de incêndio em outubro. A cidade foi a quarta do país que mais registrou incêndios.

Bombeiros monitoram área queimada no Piauí — Foto: Kairo Amaral/TV Clube

As cidades do Piauí que mais registraram focos de incêndio em outubro, segundo o Inpe, foram:

• Baixa Grande do Ribeiro: 189 focos
• Parnaguá: 130 focos
• Uruçuí: 113 focos
• Cristino Castro: 102 focos

Duas dessas cidades, Baixa Grande do Ribeiro e Uruçuí, segundo dados referentes ao ano de 2020 da pesquisa Produção Agrícola Municipal (PAM) do IBGE abrigam algumas das maiores fazendas do Piauí e foram responsáveis por cerca de 37% da produção do estado. Já o município de Cristino Castro é vizinho de outro campeão da produção agrícola, Bom Jesus.

Apesar de se referir a metade de outubro, o número é 15% maior do que o que foi registrado em todo o mês de setembro, quando o Inpe registrou 2731 focos de incêndio no Piauí e o estado ficou na 9ª posição nacional no número de queimadas.

Os índices começaram a subir em agosto, quando foi registrado um número ainda menor, 1659 focos de incêndio no estado. Em Canto do Buriti, o fogo destruiu pastagens e um apiário causando um prejuízo de pelo menos R$ 10 mil a um produtor.

Em outubro, o Pará foi o estado em que foram registrados os maiores números de focos de incêndio, seguido por outros estados da região Norte. Além do Piauí, os únicos estados da região nordeste que ficaram entre os 10 primeiros da lista foram o Maranhão, que faz fronteira com o Pará, e a Bahia, que em setembro aparece na terceira posição, logo atrás do Piauí.

Meses mais quentes do ano

O Piauí registra historicamente os maiores números de queimadas durante os meses de setembro e outubro. Segundo o Inpe, em 2010 foram registrados os maiores números de queimadas no estado: 5983 em setembro e 4119 em outubro.

O período que compreende os meses de setembro a dezembro, foi apelidado de "B-R-Ó-bró", uma brincadeira com a última sílaba dos nomes de cada mês.

As altas temperaturas e a baixa umidade do ar aumentam a sensação térmica na capital e interior do estado. Segundo especialistas, a previsão é de que as temperaturas passem de 40 °C nesse período.

Veja abaixo algumas dicas sobre como se cuidar nos períodos mais quentes:

• Não esquecer do protetor solar e sombrinha (guarda-sol) ao sair de casa;
• Hidratação constante, dentro e fora de casa;
• Toalhas úmidas e bacias com água espalhadas ajudam a aumentar a umidade;
• Colocar soro fisiológico no nariz;
• Combinar o ventilador com umidificador de ar;
• Posicionar garrafa com gelo por trás dos ventiladores para refrescar o ambiente;
• Fechar janelas onde há incidência de sol.

FONTE: Diretoria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (DIMARH)/g1